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Novo estádio do Orlando City recebe investimentos brasileiros em troca do green card

Arquivo Geral

20/10/2016 19h49

Atualizada 21/10/2016 12h09

O Orlando City Soccer Club, Clube de Kaká em Orlando, na Flórida, vai ganhar um novo estádio no bairro de Parramore, região central da cidade. O brasileiro Flávio Augusto da Silva, sócio majoritário do time, está buscando investidores de fora dos Estados Unidos para bancar os custos milionários da obra.

orlandocity

Entre os países participantes do projeto estão o Brasil, a China e outros que tiverem dispostos a pagar US$ 500 mil por uma cota do estádio. A ideia do projeto é excelente para ambos os lados: O Orlando City, que já faz parte da Major League Soccer (MLS), primeira divisão do futebol masculino profissional dos Estados Unidos, terá um dos melhores estádios do país.

Já os investidores estrangeiros receberão o tão sonhado ‘green card’ que se estende aos seus cônjuges e em alguns casos, aos filhos, para residir e trabalhar nos Estados Unidos. Além disso, anualmente receberão parte dos lucros proporcionais da empresa e ingressos extras para a temporada de jogos.

Sob o ponto de vista da legalidade, Silva se baseou no Programa Federal Americano EB-5, criado pelo governo em 1990, para incentivar os investimentos estrangeiros no país. O valor de US$ 500 mil pode ser aplicado em novos negócios com capacidade de gerar, pelo menos, 10 empregos nos Estados Unidos. O resultado já é bastante visível. O número de vistos EB-5 concedidos chegou a quase 9 mil em 2015, contra menos de 100 em 2003.

A princípio, este programa teve como objetivo inicial financiar projetos de infraestrutura em bairros urbanos pobres e áreas rurais. Com a recessão americana e o fim do crédito bancário, as incorporadoras imobiliárias passaram a buscar o crédito para financiar condomínios, hotéis e projetos maiores em toda a costa leste dos Estados Unidos.

O estádio Orlando City de Parramore tem um custo previsto de US$ 156 milhões. Silva pretende levantar aproximadamente a metade do capital gasto na construção por meio dos programas de visto, uma vez que os legisladores da Flórida recusaram subsídios para a obra. O prefeito de Orlando apoiou e comemorou ao saber que o empresário aplicaria os recursos do programa EB-5 no seu município. “A solução do time terminou por ser vantajosa para todos”; afirmou Dyer, em seu gabinete.

O projeto de Parramonte inclui o estádio com 25 mil lugares, com inauguração prevista para a próxima temporada de eventos esportivos de Orlando em 2017. Entre eles, os jogos do Orlando City, time que tem o meia Kaká como embaixador e maior estrela, e do Orlando Pride, o time feminino conduzido por Silva e Phil Rawlins, seu sócio.

Um dos pontos fundamentais que serviu como argumento nas vendas das cotas no Brasil foram os tumultos políticos e econômicos que aconteceram nos últimos anos. Parte da elite brasileira procurava maneiras de transferir seus investimentos para o exterior. “Para nós, foi uma decisão de negócios. Já havia demanda de pessoas que queriam se mudar para os Estados Unidos, ter um green card e uma boa oportunidade de participar do desenvolvimento do clube”. Afirma Silva.

Que está em busca de realizar o sonho de migrar para Orlando com a família, ter participação acionária num estádio na Flórida é uma grande oportunidade, pois tem-se notícia que ainda estão disponíveis um terço das quotas para negociação.

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