Os primeiros dias da seleção brasileira na concentração em Weggis, na Suíça, estão sendo dedicados aos exames clínicos supervisionados pelo médico José Luiz Runco. O técnico Carlos Alberto Parreira mostrou mau-humor ao ser questionado sobre os resultados dos testes.
"Não foi passado nada para mim ainda, mesmo porque eu nem vi os médicos hoje (terça). Eles saíram (para a clínica) e ainda não voltaram. Quando eles passarem os resultados, vocês (jornalistas) também não ficarão sabendo porque é confidencial", afirmou, em sua primeira coletiva realizada em Weggis.
O treinador explicou que os resultados dos exames vão influenciar nos treinos físicos de cada atleta na preparação para a Copa do Mundo. "O departamento médico vai colher hoje e amanhã os dados necessários para sabermos o trabalho que poderemos fazer com os jogadores. Pelos testes, saberemos se algum precisará ficar fora de um ou outro treino e se alguém precisará ser mais cobrado. Os treinos terão um só objetivo: deixar o time coeso”.
Parreira também demonstrou mau-humor ao falar sobre as condições climáticas da Suíça. Ao ser perguntado se seria melhor fazer a preparação em alguma cidade que tenha a temperatura próxima dos 30 graus (média estimada para a Alemanha durante a Copa), o treinador foi direto: "Se você (jornalista) encontrar alguma cidade européia com essa temperatura atualmente podemos ver".
Uma preocupação da comissão técnica nesta preparação para a Copa é o estado do campo do hotel, que teve a grama plantada há pouco tempo e está sendo castigado pelas baixas temperaturas da cidade. O supervisor Américo Faria, porém, garantiu que a comissão técnica tem outras opções para treinar nos arredores do hotel.
"Esse campo daqui era nossa terceira opção. Por isso, conclui-se que temos outros dois que podem ser utilizados. Mas não vamos revelar onde ficam", despistou. Os dois outros estádios podem também ser usados quando Parreira quiser fazer treinos secretos.