Francisco Dutra e
Roberto Wagner
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O Conselho Técnico do Campeonato Brasileiro da Série A, ocorrido ontem, na sede da CBF, anunciou um veto que atinge em cheio o Estádio Nacional Mané Garrincha. Por decisão da maioria dos clubes que compõem a elite do Brasileirão, este ano está proibida a venda de mando de campo. Com isso, a arena candanga não poderá ser utilizada como alternativa rentável para alguns times.
O comunicado pegou a Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer do DF de surpresa. “Estamos tentando conversar com a CBF desde que essa notícia saiu, mas ainda não conseguimos. Vemos essa decisão com sentimento de tristeza. É uma decisão errada”, contesta o secretário-adjunto de Esporte, Turismo e Lazer, Jaime Recena.
A preocupação é plausível. No Brasileirão do ano passado, sete jogos foram realizados no Mané Garrincha – com três mandantes diferentes –, sendo que em cada partida o GDF fica com cerca de 5% da renda bruta do certame.
Sem estas opões, o calendário do estádio se esvazia consideravelmente. “Temos uma agenda cultural movimentada no Mané. No ano passado, mais de um milhão de pessoas passaram pelo estádio. Quase todo fim de semana nós temos um evento. Mas é evidente que sem esses jogos teremos que intensificar a agenda cultural”, reconhece Jaime Recena.
Além dos jogos do Campeonato Candango, o Mané Garrincha ainda fica livre para receber duelos de grandes times do País na Primeira Liga, Copa do Brasil, Sul-Americana e Libertadores. Nessas competições não houve veto por parte dos organizadores.
Destas alternativas, a com maior probabilidade de ocorrer é da Primeira Liga. As demais costumam ser encaradas com prioridade pelos clubes, o que não costuma ser o perfil dos compromissos que vêm ao DF.
Semifinal da Guanabara
De acordo com Jaime Recena, até a manhã de ontem, não existia pedido do Flamengo para a abertura do Mané Garrincha para sediar a semifinal da Taça Guanabara diante do Vasco – o duelo está marcado para o próximo sábado, às 18h30.
Em função dos rumores da possível aterrissagem do Rubro-Negro para enfrentar o Cruz-maltino em terras brasilienses, o próprio secretário adjunto ligou para o diretor geral do Flamengo, Fred Luz. “Ele mesmo admitiu que não sabia do assunto. Mas, então, o Fred perguntou se a partida não poderia ser feita no Mané”, conta Recena.
O secretário admitiu que as Forças de Segurança da cidade, mais especificamente a Polícia Militar, já estavam mobilizadas para a proteção da população no Carnaval, com foco especial nos blocos de rua. “A prioridade do governo é o que já estava planejado. Essa demanda para a partida surgiu oficialmente somente nesta última segunda-feira. É claro que agora vamos a analisar as possibilidades junto com a PM”, afirma.
Mesmo com a intenção do DF de receber este confronto pela semifinal da Taça Guanabara, a tendência é que ela vá para a Arena da Amazônia, em Manaus. Essa decisão deve ser anunciada hoje pelo Flamengo.
Clássicos logo de início
A CBF apresentou aos times participantes do Campeonato Brasileiro a tabela básica da edição de 2017 da competição. O documento completo foi divulgado pela confederação no seu site oficial horas depois. Assim, já é possível conhecer os primeiros adversários de cada clube.
A primeira rodada do Brasileirão será disputada nos dias 13 e 14 de maio – a CBF ainda não desmembrou a tabela. E já é possível saber que o atual campeão Palmeiras vai estrear em casa diante do Vasco.
Campeão em 2015, o Corinthians terá pela frente, também em casa, a Chapecoense. E já em sua rodada inicial, o Brasileirão vai contar com grandes duelos interestaduais. É o caso de Flamengo x Atlético-MG, Fluminense x Santos, Cruzeiro x São Paulo e Grêmio x Botafogo.
A tabela apresentada pela CBF aos times também já marca alguns clássicos estaduais para a terceira rodada do Brasileirão. São eles: Vasco x Fluminense, São Paulo x Palmeiras e Chapecoense x Avaí.
