Roberto Wagner
Enviado especial ao Rio de Janeiro
Uma história inteira de Jogos Olímpicos representada em 120 minutos. Um pouquinho de penalidades para testar mais os nervos de quase 70 mil pessoas presentes no Maracanã. E, enfim, a medalha de ouro da seleção brasileira de futebol saiu do quase na Olimpíada.
A primeira dourada do Brasil veio com todos os requintes de crueldade. Vencia por 1 x 0 com gol de Neymar, mas o tal fantasma chamado Alemanha não deixaria barato. Empatou o jogo, dominou os dois tempos da prorrogação e levou a decisão para os pênaltis.
Nelas, um a um foi sendo convertido. Um, dois, três, quatro… até que o alemão Nils Petersen parou nas mãos do goleiro Weverton. Restou, então, a cobrança de Neymar.
Tantas vezes criticado – com ou sem razão -, o camisa 10 e capitão da seleção brasileira não decepcionou. Com uma enormidade frieza, acertou o ângulo. Gol do Brasil! Ouro para o Brasil!
Neymar chorou, Weverton, chorou, o Maracanã chorou. De alegria! Alegria essa representada no samba brasileiro, dançado e cantado em alto e bom som na arquibancada.
Muitas vezes criticados por falta de comprometimento com a seleção brasileira, Neymar mostrou que podia tirar esse rótulo. Fez o que se esperava dele em campo – foi o principal jogador na decisão contra a Alemanha -, mas não parou por aí.
Ovacionado pelo Maracanã antes, durante e depois do jogo, Neymar estreitou de vez a relação com o torcedor com uma atitude até arriscada. Ele driblou a segurança e foi literalmente para os braços da galera na arquibancada.
O camisa 10 fez até mais que alguns costumam. Ele abriu caminho no meio da arquibancada, subiu vários degraus no meio da galera é posou sorridente para várias selfies.
Naturalmente, teve o nome bastante gritado pelos torcedores, que se amontoavam ao lado do jogador. Após alguns minutos cantando junto às pessoas, Neymar voltou ao campo para terminar a comemoração junto com seus companheiros de seleção.
Os jogadores fizeram um círculo no meio de campo e puxaram uma oração.
