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Futebol

Alemães não querem baderneiros tumultuando a Copa

Arquivo Geral

23/05/2006 0h00

Às vésperas do início da Copa do Mundo, as autoridades alemãs continuam tentando impedir que a competição seja manchada pela violência. Tudo está sendo feito para impedir a chegada dos hooligans, torcedores violentos e racistas que procedem principalmente da Inglaterra e Polônia, sem contar com os que residem na própria Alemanha.

Restrições judiciais e medidas de inteligência, tomadas em parceria com outros países, ainda não conseguiram tirar os arruaceiros do seu objetivo principal que é de provocar confusão durante a competição. Nos últimos dias, a preocupação está aumentando porque na Inglaterra e na Alemanha foram detectados sinais de que os marginais não desistiram e estão prontos para tumultuar a competição.

Na Inglaterra, por causa dos tumultos registrados em estádios e ruas e até assassinatos, mais de mil desordeiros foram proibidos de deixar o País e são obrigados a comparecer regularmente a um departamento de Justiça. Só que muitos deles deixaram de cumprir essas determinações e forçaram os policiais a promover uma rigorosa investigação para saber o que eles estavam aprontando.

E descobriram que muitos dos baderneiros usaram "laranjas" para comprar passagens para a Alemanha no período da Copa e já reservaram ingressos através do mercado negro. No país-sede da copa, o mesmo tipo de investigação revelou a mesma situação.

Cerca de dez mil torcedores violentos cadastrados no país conseguiram ingresso para a Copa, o que vai motivar que os cuidados sejam redobrados.

As autoridades esperam que a maioria dos ingressos comprados no mercado negro seja identificada e anulada pelo sistema de informática do Mundial. Medidas adotadas com sucesso na Copa das Confederações do ano passado, também realizada na Alemanha, foram retomadas. Os torcedores violentos já identificados foram procurados pela polícia e oficialmente aconselhados a evitar os estádios nos dias de jogos da Copa.

Se recusarem a "sugestão", serão intimados a comparecer até três vezes por dia, durante a Copa, a um posto policial. Se desobedecerem a ordem, serão presos. Nos estádios, haverá juízes para julgar crimes logo depois que eles ocorrerem. Tudo está sendo feito para tentar evitar problemas durante as partidas.

Racismo também assusta

Além da violência, os atos racistas também continuam preocupando as autoridades alemãs já que grupos que defendem a segregação racial e têm perseguindo os jogadores negros por vários países europeus também estarão na Copa do Mundo.

Para tentar conter esta onda, as autoridades alemãs estão gastando cerca de um bilhão de euros (U$$ 2,6 bilhões) para criar a maior e mais cara estrutura de segurança dedicada a um único evento desde o 11 de setembro.

Em relação aos hooligans, as autoridades de segurança acreditam que não haverá espaço para eles dentro dos estádios onde serão disputados os jogos, pois devem ser vigiados bem de perto por milhares de policiais. Os pontos mais complicados para a segurança serão os locais públicos como ruas e telões das praças públicas onde o acesso é gratuito e ilimitado.

Milhares de pessoas estarão presentes, entre elas imigrantes e turistas africanos, asiáticos e sul-americanos que costumam ser os alvos principais dos grupos racistas.

Policiais de outros países europeus serão importados pelo Comitê Organizador da Copa para identicar os marginais já conhecidos e impedí-los de atuar na Alemanha. encarar, olho no olho, os delinqüentes que conhecem.

De olho no terror

Contra o terrorismo, o Comitê Organizador convocou sete mil militares especializados no assunto e vão ter o auxílio da Otan – Organização do Tratado do Atlântico Norte – que vai enviar alguns aviões radar Awacs para controlar o espaço aéreo em cidades onde os jogos serão disputados.

Até o Tratado de Schengen, documento assinado por 26 países europeus, que libera o controle de entrada nas fronteiras entre os signatários, será suspenso durante a competição. Outros  aparatos de segurança serão utilizados como robôs capazes de localizar explosivos, agentes químicos e pessoas com atitudes suspeitas num raio de 30 metros. Vale tudo para que a paz prevaleça durante a maior festa do futebol do mundo.

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