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Estilo de Vida

O cabelo te define? Estudante da UnB chama atenção pela longa cabeleira

Emanuel Guimarães, carrega com orgulho uma cabeleira com 75 cm de comprimento, mesmo não vivendo os tempos dos cabeludos das bandas de rock

Gustavo Mariani

12/01/2022 11h23

Foto: Abelardo Barbosa/ Jornal de Brasília

Cabelos longos, ideias curtas: frase que correu o mundo e ganhou força durante a década-1960, quando o cantor francês Johnny Hallyday e a banda The Brazilian Bitles a transformou em hino da juventude.

Claro que, bem antes daquilo, o planeta já fora habitado por muitos cabeludos interessantes, mas, para os nossos conservadores pais, aquilo não valia, fosse qual fosse o exemplo que eles haviam deixado. Para eles, melenas compridas, só as das gregas mulheres de Atenas.

Emanuel Guimarães, carregando uma cabeleira com 75 cm de comprimento, não viveu os tempos dos cabeludos que fizeram por bandeira as bandas de rock, hoje, repletas de carecas. Se tivesse vindo de lá, com certeza, jogaria no time da turma das ideias longas, a julgar pelo que ele tem em mente pra ajudar o Brasil a ser uma superpotência em agricultura. Pelo menos, é o que planeja, para dentro de 547 dias, quando ele espera ser proprietário de um diploma de engenheiro agrônomo.

Certamente, eu trocarei os meus cabelos longos por um modelo bem contido, pois o ambiente em que estarei trabalhando, no campo, coberto por muito sol, me obrigará a ser amigo da tesoura, prevê o futuro especialista no ramo dos verdejantes e afins. Desde 2014, quando residia na mineira Unaí, que Emanuel rompeu relações com os cabelereiros. Culpa destes, que transformava a sua cuca em “autêntica base de crateras lunares”, brinca ele, que ficava profundamente aborrecido quando os amigos lhe sacaneavam perguntando “quem foi o sapateiro que cortou as suas madeixas?” Lá se vão 40 meses que Emanuel espana as tesouras. De início, ganhou o apelido de Evangélica, por conta das religiosas cabeludas. Outros o apelidaram por Jesus Cristo, figura que nada tinha a ver com ele, que é kardecista. “Se eu tivesse que admirar uma cabeleiras longa, certamente, não seria a do Cristo. Muito provavelmente, admiraria as do roqueiro Axel Rose (da banda Guns´s and Roses), da turma do Pearl Jam e da atriz Camila Queiroz, da TV Globo (atuou na recente novela Verdades Secretas). Mas nada de curtição, só mesmo admiração contida pelo visual.

Quando sai às ruas, Emanuel prende os cabelos, por conta da curiosidade de quem cruza com ele e que, invariavelmente, lhe enche de perguntas. “Como é que você faz a hidratação dessa cabeleira?; qual shampoo e condicionador usa?; quanto gasta com ida a salões de beleza?; Quantas vezes por semana o lava?; Como faz para seus cabelos não terem pontas duplas?’

Nessa última indagação, quem dá uma força para Emanuel é a sua mãe, que apara os seus cabelos, não deixando nenhum fio maior do que um outro. “Além disso, economizo não indo a salões de moda”, comemora ele que dá um trato chuveiral na madeixas por três a quatro vezes semanais.

Emanuel pode até não cortar os cabelos quando estiver no campo como engenheiro agrônomo. “Pode ser que uma súbita mudança de pensamento chegue junto”, admite, ele que sorri ao se lembrara de que quando começou a paquerar a Mayra, a sua namorada, ela estava muito mais interessada em saber qual shampoo ele usava e se o clima seco de Brasília ajudava a secá-los mais rápido – enfim, rolou um clima e eles seguem juntos.

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