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Muito Prazer

Relações sexuais frequentes podem adiar menopausa, diz estudo

De acordo com o estudo, isso pode ser explicado por uma resposta do corpo às pressões evolutivas.

Redação Jornal de Brasília

15/01/2020 13h37

menopausa

Mulheres que têm relações sexuais frequentes antes da menopausa demoram mais a parar de menstruar do que as menos ativas sexualmente da mesma idade – aponta uma pesquisa publicada na revista “Royal Society Open Science”.

Em média, ter relações íntimas pelo menos uma vez por semana reduziu em 28% a possibilidade de entrar na menopausa em relação às mulheres que têm relações sexuais menos de uma vez por mês, indica a pesquisa.

“Se uma mulher tem poucas relações sexuais, ou relações sexuais pouco frequentes, quando se aproximar dos 40, seu corpo não receberá os sinais físicos de uma eventual gravidez”, afirmaram Megan Arnot e Ruth Mace, cientistas da University College London.

“Em uma perspectiva de maximização da forma física”, o corpo da mulher poderia investir mais energia no cuidado da família do que na ovulação, explicaram.

Pesquisas anteriores já procuravam entender por que mulheres casadas chegam à menopausa mais tarde do que solteiras e divorciadas, mas mencionavam a influência dos feromônios masculinos – substâncias químicas naturais do reino animal que atraem o sexo oposto.

Para tentar confirmar qualquer uma das teorias, Arnot e Mace examinaram os dados de quase 3.000 mulheres nos Estados Unidos, selecionadas em 1996 e 1997 para participar de um estudo sobre a saúde ao longo de várias décadas.

O projeto, chamado SWAN, permitiu acompanhar as mudanças – tanto biológicas, como psicológicas – ocorridas simultaneamente à menopausa.

A idade média das participantes era de 46 anos. Nenhuma tinha deixado de menstruar, mas menos da metade estava na pré-menopausa, com sintomas menores que começavam a aparecer.

Durante a década seguinte, 45% das mulheres tiveram uma menopausa natural, em média aos 52 anos.

A correlação entre a frequência das relações sexuais e o começo da menopausa é inegável, segundo os pesquisadores.

Como todas as relações declaradas eram heterossexuais, não se sabe se em casais lésbicos o efeito seria o mesmo.

Não se observou, porém, nenhum vínculo entre a presença contínua de homens e os sinais químicos subliminares que eles poderiam emitir. “Não encontramos nenhuma prova para a hipótese dos feromônios”, apontaram.

A idade da menopausa natural varia consideravelmente em diferentes culturas. Os fatores genéticos são determinantes apenas em cerca da metade dessas diferenças, como mostraram pesquisas anteriores.

Por Agence France-Presse

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