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Moda

Novos tamanhos de roupas femininas prometem abraçar todos os biotipos brasileiros

A moda brasileira feminina promete ficar mais real para atender a todos os biotipos com a reformulação de novos tamanhos de roupas feita pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)

Redação Jornal de Brasília

15/03/2022 16h49

Foto|Divulgação

A norma NBR 16933 inclui informações sobre os centímetros e oferece novos referenciais de medidas com base em dois tipos de corpos mais observados nas brasileiras: “retângulo” e “colher”.

A proposta dessa padronização é evitar discrepâncias e desproporções, como destaca a professora do curso de Design de Moda da Estácio, Maria Paula Guimarães. “Há uma enorme dificuldade em relação à padronização dos tamanhos de roupas femininas no Brasil. Esse problema tem se agravado nos últimos dois anos, principalmente pelo avanço do e-commerce durante a pandemia da Covid-19.

A reformulação das normas da ABNT se mostrou mais eficiente, uma vez que foi baseada em uma extensa pesquisa de corpos da mulher brasileira realizada pelo SENAI-SETIQT. Diferentemente da moda masculina e infantil, a feminina apresenta uma variedade muito grande de modelos, cortes e estilos que refletem necessariamente nas modelagens das peças e, consequentemente, na adequação aos diversos tipos físicos da mulher brasileira”, ressalva.

A professora analisa que o referencial é um avanço para estabelecer um padrão brasileiro e fala de um erro comum na modelagem para mulheres gordas – público que tem mais dificuldades de encontrar sua numeração em lojas de departamento e grifes consagradas.  

“A definição pelas medidas de busto, cintura e quadril, como proposto na ABNT 16933, é um bom caminho para se estabelecer um padrão brasileiro, embora possa ser mais confuso ao oferecer um maior número de parâmetros. Com relação ao plus size, ainda é uma fatia do mercado pouco explorada. Um erro frequente nessa modelagem é se basear na relação altura/peso. Muitas vezes, roupas de tamanho GG estão associadas a uma altura acima do padrão, o que não reflete a realidade, sem considerar as medidas do quadril, abdome e busto”, ilustra Maria Paula Guimarães.

Uma aliada que pode ajudar na definição dos tamanhos é a tecnologia 3D. “O 3D é uma alternativa, porém é muito pouco acessível financeiramente. Pequenas marcas, que constituem uma grande parcela de confecções no Brasil, podem não ter acesso a softwares eficientes e bem desenvolvidos para cumprir o objetivo”, observa a professora da Estácio.  

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