Menu
Bem Estar

Pais que falam sobre dinheiro criam filhos mais conscientes; especialista explica como começar

Uma pesquisa recente do Serasa sobre hábitos financeiros familiares revelou que 84% dos consumidores brasileiros acreditam ser muito importante que crianças e adolescentes recebam orientação financeira

Aline Teixeira

10/10/2025 17h10

homem de tiro medio e um miudo relaxar em casa

Foto: Freepik

Mesmo assim, a prática ainda encontra desafios dentro de casa. Embora 85% dos pais afirmem conversar com os filhos sobre dinheiro, apenas 39% oferecem mesada — uma das formas mais eficazes de ensinar responsabilidade financeira. Entre os que adotam o hábito, 53% repassam até R$ 60 por mês, sendo as crianças de 6 a 11 anos as principais beneficiadas (54%), seguidas pelos adolescentes de 15 a 18 anos.

Como as escolas ainda não oferecem uma estrutura sistemática de educação financeira, o papel da família se torna essencial. Para Marco Loureiro, sócio e líder regional da XP no Centro-Oeste, o aprendizado vai muito além dos números.

“Educar financeiramente uma criança é, antes de tudo, desenvolver hábitos e valores. Quando o tema faz parte das conversas do dia a dia, os pais ajudam os filhos a entender o valor do dinheiro, as consequências das escolhas e a importância do planejamento — lições que levarão para a vida toda”, afirma o especialista.

Loureiro reforça que o diálogo sobre o tema deve ser constante e natural. Ele sugere aproveitar momentos do cotidiano — como o mês das crianças — para incluir os filhos em pequenas decisões financeiras.

“Esse pode ser um ótimo momento para começar. Em vez de simplesmente dar um presente, os pais podem combinar um orçamento e pesquisar preços juntos. Nessa jornada, um assessor de investimentos pode ser um aliado importante para orientar as famílias”, explica.

Dicas para ensinar educação financeira às crianças:

  • Dê o exemplo: as atitudes dos pais servem como referência. Demonstrar organização e controle nos gastos ajuda a formar comportamentos saudáveis.
  • Use a mesada como aprendizado: mais do que um valor simbólico, ela ensina sobre limites, escolhas e administração de recursos.
  • Crie metas e objetivos: incentivar a criança a economizar para conquistar algo desejado estimula paciência e disciplina.
  • Mostre o valor do trabalho: explicar que o dinheiro é fruto de esforço e tempo ajuda a desenvolver consciência sobre consumo.
  • Torne o aprendizado divertido: jogos, aplicativos e brincadeiras podem tornar o tema mais leve e acessível.

“Educar financeiramente uma criança é plantar as bases de um futuro mais equilibrado. Quanto antes o tema for abordado, maiores são as chances de formar adultos conscientes e livres do endividamento”, conclui Loureiro.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado