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Teatro e Dança

Magal: ‘Sempre equilibrei o lado feminino na dança, sem deixar de ser másculo’

“Eu não quis dar pitaco porque sei que os artistas não cantariam exatamente como eu ou não são tão bonitos quanto eu”

Redação Jornal de Brasília

20/10/2022 8h56

Legenda: Reprodução

Sidney Magal conta como foi acompanhar a distância a produção do musical sobre sua carreira – lembrando que ele ainda inspira o filme de ficção O Meu Sangue Ferve por Você, de Paulo Machline, e o documentário Me Chama Que Eu Vou, de Joana Mariani, que devem estrear no ano que vem.

Por que não quis participar ativamente da produção?

Eu não quis dar pitaco porque sei que os artistas não cantariam exatamente como eu ou não são tão bonitos quanto eu (risos). O que me importa é o musical oferecer algo que atinja a emoção da plateia. Se isso acontecer, 90% do sucesso está garantido.

Musical, filmes, biografia: Sidney Magal é finalmente reconhecido?

Fico emocionado com isso e choro com facilidade – certamente por causa da idade, estou com 72 anos… Isso mostra como foi positivo tudo o que enfrentei. Tive altos e baixos, mas nada disso me abalou, mesmo quando eu era chamado, nos anos 1970, de artista de um sucesso só.

O musical destaca ainda a importância da sua mãe, Sônia, em sua carreira.

Isso é muito importante, pois o espetáculo realiza algo que não fiz: colocar minha mãe cantando. Eu sabia de seu enorme talento, mas, artisticamente, não podíamos aparecer juntos cantando. Agora, estamos fazendo justiça com seu talento.

O que você espera ver em cena, com dois atores interpretando Sidney Magal?

Não quero avaliar se estão parecidos comigo ou se os trejeitos das danças estão certos. Espero apenas que, ao final, as pessoas digam que eles cantaram bem. Quando visitei a filmagem de O Meu Sangue Ferve por Você, fiz só uma observação ao Filipe Bragança, que interpreta meu papel: o de ficar atento ao lado feminino da dança. Eu conseguia um equilíbrio, pois era másculo com muito jeito em cena, mesmo sendo chamado de bicha (risos). E isso sem nenhuma técnica, que fui descobrindo espontaneamente.

E como é fazer shows atualmente?

Com 72 anos, é diferente, não consigo mais rebolar como antes (risos). Mas os shows continuam lotando, o público é muito acalorado. É essa troca que me alimenta. Quando troco de roupa no camarim e piso naquele espaço mágico, eu me transformo.

Estadão Conteúdo

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