Em clima de comemoração, o 10ª Festival de Teatro de Bonecos (Festinecos) vai até dia 6 de junho, e conta com vários grupos do Brasil, Argentina, Colômbia, Espanha, Itália, México e Peru. Com o objetivo de descentralizar os eventos culturais do DF, o festival acontece em frente à Administração Regional do Gama. Todas as apresentações do Festineco serão abertas e gratuitas, e os espetáculos também contam
com tradução em libras e audiodescrição.
Com uma vasta programação no Gama — o espetáculo passa pelo Teatro Sesc Paulo Gracindo, Parque do Setor Leste, Feira Permanente e Espaço Voar (PRÓ-DF), o Festival também vai passar por Santa Maria e Recanto das Emas. Ao todo, são 72 apresentações de teatro de bonecos, sendo 22 espetáculos, 10 de grupos do DF, seis apresentações nacionais, e as demais internacionais.
Segundo Marco Augusto de Rezende, coordenador de produção e bonequeiro, o Festineco surgiu em
2009, e desde então já tinha uma característica de festival internacional. O objetivo principal do evento é a diversidade na área do teatro de animação. “Porque o teatro de animação é aquilo que engloba todas as formas de animação para teatro: temos os bonecos de fio, que são as marionetes, e os bonecos de luva, chamados fantoches”, exemplifica. “E nós temos, neste ano, os bonecos que são considerados corporais. Bonecos formandos com partes do corpo do artista, como é o caso do espetáculo ‘Body Rhapsody do Peru’”, complementa.
Graças ao Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF), o festival, que nasceu no Gama, agora vai poder ser
realizado em outras regionais administrativas do DF. “Para o público é muito bom, porque eles têm poucas oportunidades de receber espetáculos”. Marco acredita que essas atrações não agradam
só as crianças, mas também agradam os pais e os adultos que vão assistir. “Essa é a maior edição de
todas, com temáticas muito diversificadas.”
O festival também vai realizar o Seminário Portal do Mamulengo, com 50 brincantes e mestres registrados na plataforma on-line criada pelo grupo Voar no âmbito do “Edital Matchfunding BNDES+”,
que estimula ações de legado para o patrimônio cultural brasileiro. “São projetos de salvaguarda para
esse patrimonio”, afirma.
Alexandre Fávero, ator e diretor da Cia Lumbra, companhia de teatro de sombras do Rio Grande do
Sul, vai se apresentar no 10º Festineco e conta que são mais de vinte anos de trabalho, pesquisando a linguagem do teatro de sombras. “E agora nós estamos trazendo para o festival um espetáculo chamado ‘Criaturas da Literatura’, com três histórias”. A apresentação conta com releituras de Alice no País das Maravilhas, Don Quixote e O Pequeno Príncipe.
Ele explica que o público vai poder ver não somente as histórias contadas, mas também ver como é construído e operado o material em cena. “Os sombristas, que são os atores, ficam a vista do público e eles podem ver como acontece o espetaculo”. A expectativa é muito boa para que o público do Centro-Oeste conheça mais sobre o teatro de sombras. “Para nós é sempre muito importante um festival como esse, por ter esse intercâmbio entre aqueles que promovem o evento, aqueles que fazem a arte, os espectadores e os artistas que participam”, finaliza.
Serviço
10º Festineco
Quando: Até 6 de junho
Onde: Gama, Santa Maria e Recanto das Emas
Programação completa no @voarteatrodebonecos
Ingressos gratuitos e classificação indicativa livre
