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Teatro e Dança

Espetáculo aborda masculinidade opressora e violenta desde a infância

Peça do Grupo Tripé fica em cartaz em Taguatinga e Ceilândia com apresentações e intensa programação de conversas e debates

Redação Jornal de Brasília

21/08/2023 12h53

Bella Montiel/Divulgação

Em setembro, o Grupo Tripé apresenta temporada do espetáculo “Todo Mundo Perde Alguma Coisa aos Oito Anos”, em Taguatinga e Ceilândia. As sessões têm ingressos gratuitos disponíveis na plataforma Sympla a partir das segundas-feiras da semana de apresentação e uma hora antes das sessões na bilheteria dos teatros.

As apresentações são realizadas nos dias 1º (20h), 2 (17h e 20h) e 3 (20h), no Teatro Sesc Paulo Autran, em Taguatinga. Já em Ceilândia, o espetáculo tem sessões no dia 8 (20h), 9 (17h e 20h) e 10 (20h), no CEU das Artes, na QNM 28. Nas sessões das 17h, a peça tem intérpretes de Libras e audiodescrição. Após as apresentações, nomes da psicanálise, da política, dos direitos humanos e das artes se juntarão à direção e ao elenco para conversar sobre os temas da peça com o público.

A trama aborda de forma sensível, poética e performativa as experiências e memórias que marcam a transição da infância para a adolescência na socialização de crianças, em meio a questionamentos e debates relevantes no Brasil atual. A direção e o argumento são do co-fundador do Grupo Tripé, Gustavo Haeser, que junto do grupo venceu o Prêmio Sesc do Teatro Candango em 2016 e 2017. Atualmente no elenco estão Ana Matuza, Caetano Fiuza, Deni Moreira, Emanuel Lavor, João Ricken e Tauã Franco.

Bella Montiel/Divulgação

Criado em 2018 diante do avanço público de discursos misóginos e machistas na sociedade brasileira, a peça se passa em uma festa do pijama infantil e o texto mergulha em nuances sociais e comportamentais como a cumplicidade masculina, a violência, o culto às armas, a padronização de corpos musculosos, nepotismo, higiene e saúde masculina, abuso e iniciação sexual. Para a construção do roteiro foi feita uma intensa investigação sobre as masculinidades vigentes na sociedade contemporânea.

Em cena, os atores exploram como a masculinidade violenta e opressora é doutrinada aos homens desde a infância. Estes temas são apresentados, em momentos, ora densos ora cômicos, o que possibilita mirar na reconstrução das éticas masculinas, na tentativa de se desvincular da violência, do silêncio e das opressões de gênero.

O projeto, que conta com iluminação de Ana Quintas, sonoplastia de Arnold Gules, cenografia de Gii Lisboa e colaboração de dezenas de artistas, é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal e conta com apoio de Andaime Cia de Teatro, Casa dos Quatro, CEU das Artes, Coletivo Columna, Guinada Produções, Espaço Pé Direito, SESC DF, Instituto de Artes da Universidade de Brasília e Secretaria de Justiça e Cidadania.

O grupo

Com mais de uma década de atuação dedicada à criação de espetáculos e a realização de eventos para a valorização das artes cênicas do DF, o Grupo Tripé possui também em seu repertório as peças “Entre Quartos” e “O Novo Espetáculo (Tudo Está à Venda)”. Alguns de seus outros projetos são o “Prêmio Web de Teatro do DF”, “Cenas de Uma Década: Teatros de Grupo do DF”, entre outros.

SERVIÇO

“Todo Mundo Perde Alguma Coisa aos Oito Anos”

Classificação indicativa: 16 anos

Instagram: instagram.com/grupotripe

No Teatro Sesc Paulo Autran, em Taguatinga (St. B Norte, CNB 12, Área Especial 02/03)

1º/set, às 20h; 2/set, às 17h (com Libras e audiodescrição); e às 20h; e 3/set, às 20h

Entrada gratuita, com retirada pelo Sympla (bit.ly/47DC4JJ)

No Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU das Artes), em Ceilândia (QNM 28, área especial, lote B)

8/set, às 20h; 9/set, às 17h (com Libras e audiodescrição); e às 20h; e 10/set, às 20h

Entrada gratuita, com retirada pelo Sympla (bit.ly/3KI5v3w)

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