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Projeto mapeia 14 espaços independentes de produção cultural

Distantes do centro decisório da política nacional, polos criativos, geridos e idealizados majoritariamente por mulheres jovens, lançam mão da arte para interagir com as comunidades ao redor

Redação Jornal de Brasília

30/06/2021 9h53

Distantes do centro decisório da política nacional, polos criativos, geridos e idealizados majoritariamente por mulheres jovens, lançam mão da arte para interagir com as comunidades ao redor. Mais do que espaços de cultura, esses locais têm suas portas abertas para acolhimento e apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade. Durante a pandemia e com suas atividades presenciais reduzidas, se tornaram polos irradiadores de afeto e cuidado.

As ações desses coletivos ultrapassam os espaços físicos nos quais estão inseridos. Vão ao encontro das necessidades comuns de pessoas que buscam estar entre os seus, num ambiente onde possam se sentir seguras e respeitadas em suas identidades.

Organizadas e bem estruturadas, com suas sedes presentes em oito Regiões Administrativas, têm como gestoras e gestores profissionais de formações variadas, mas com objetivos em comum, o bem-estar social, o combate à desigualdade e o fortalecimento da autoestima.

Suas atividades, atravessadas pela cultura local, permeiam vertentes artísticas, proteção aos bens históricos e culturais, promoção de políticas públicas, assistência social e jurídica, autocuidado, religiosidade, combate a todas as formas de preconceito e formação artística.

Territórios Culturais – Etapa 2, projeto em questão, é uma realização da Associação Artística Mapati, também gestora do projeto, com apoio do Instituto Macondo e conta com fomento da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e consiste em fortalecer ligações entre territórios mapeados pelo projeto no ano de 2020 e que em 2021 pretende viabilizar e dar visibilidade às ações promovidas.

Como ponto comum, entre os 14 espaços, coletivos, projetos e agentes culturais de recortes diversos, prevalece a atuação sociocultural, a defesa do direito à cultura e a promoção de cidadania. O aporte direto de recursos vai gerar, aproximadamente, 70 empregos temporários diretos e cerca de 230 indiretos.

Estreitar os vínculos entre esses territórios e as comunidades locais abre caminhos para reflexão de uma inversão da ordem dos acessos às políticas públicas. E mais, constrói debates sobre o movimento de baixo para cima, onde os indivíduos – em sociedade – delineiam e põe em prática atuações socioculturais com defesa do direito humano e coletivo.

As válvulas propulsoras desses encontros têm origem na arte e na cultura locais, aliadas ao contexto histórico. E desenham um ecossistema vivo, mais colaborativo e de características transversais.

De programação extensa com diversidade de linguagens artísticas e formativas, o Territórios Culturais garante acesso democrático da população, uma vez que todas as atividades propostas serão gratuitas. Pontualmente, serão realizados mapeamentos específicos para geração de indicadores culturais com vista a promover pautas correlatas à diversidade e ao respeito aos direitos humanos.

Todas as atividades contarão com ferramentas de promoção da acessibilidade a pessoas com deficiência, como tradução em Libras, textos acessíveis à leitura de softwares de leitura para pessoas cegas, menção da hashtag #PraCegoVer e legendagem de vídeos produzidos.

Por força da pandemia da Covid-19, parte significativa das atividades formativas e apresentações serão realizadas nas plataformas virtuais YouTube, Facebook, Zoom Meet Clouds, Google Meet e Instagram.

Ao todo, o Territórios Culturais Etapa 2 irá promover 135 ações compreendendo mais de 584 horas. De longa duração, o projeto seguirá em atividade até 25 de fevereiro de 2022. Programação completa e mais informações em mapati.org.br/noticias . Siga o projeto no Instagram em @territorios.culturais.

Quais são, confere ai:

Em Planaltina, a Associação Amigos do Centro Histórico fortalece a conservação dos bens históricos locais tornando-os conhecidos da comunidade por meio de oficinas de difusão do saber. Já o Poesia nas Quebradas, agrupa e forma jovens poetas, grafiteiros, DJ, MC e Bboy e Bgirls.

            Amigos do Centro Histórico de Planaltina youtu.be/3bs8Qrj4FDc

Contato: 9.9219-9020

            Coletivo Poesia nas Quebradas youtu.be/xZgmo3Iox-c

Contato: 3389-3107

Do Gama e com presença também no GuaráA Pilastra é um espaço multilinguagem que prima pela valorização e incentivo a artistas fazedoras/es de arte experimental. Marginais às galerias do centro, estas/es artistas encontram na Pilastra apoio para desenvolver ações, vender obras e acumular experiência.

            A Pilastra youtu.be/69Tea1xLt2Q

Contato: 9.8318-1879

De Ceilândia, três espaços reverberam força e pluralidade. Com 33 anos de atuação, o Asè Dudu, Afrocomunidades trabalha – junto à comunidade negra – o pertencimento cultural e histórico bem como religiosidade. Por outro lado, o coletivo CapTal Grafite transformaa vida de jovens através da formação artística tornando-os/as independentes financeiramente.

            Afrocomunidades – Asè Dudu youtu.be/2iM63G6MOB8

Contato: 9.9262-6700

            CapTal Grafite youtu.be/–puamj2J6U

            Contato: [email protected]

Afeto e empoderamento da comunidade preta ceilandense, em especial feminina, são os alicerces da Casa Akotirene. Durante a pandemia, mantém suas portas abertas para o acolhimento de vulnerabilizadas e promoção de ações sociais.

Casa Akotirene youtu.be/FELnEOTzogo

            Contato: 9.8659-4390

Com sede em Samambaia e braços de atuação por todo o DF, a Casa Roxa – Coturno de Vênus,organização sem fins lucrativos, desenvolveações de promoção dos direitos humanos, de resgate da autoestima e em prol da segurança das lésbicas. Na mesma região, a Coletiva Pretinhas pavimenta caminhos sólidos de enfrentamento ao racismo e lesbofobia utilizando como estratégias o afroafeto e o autocuidado.

Casa Roxa – Coturno de Vênus youtu.be/ekvo8VzoBuA 

Contato: 9.8303-4782

            Coletiva Pretinhas youtu.be/AD2zOM5knCM

Contato: 9.8243-3293

Na região do Paranoá e seu entorno, três movimentos despontam como polos irradiadores de vertentes artísticas diversas e que têm como base a luta por igualdade e respeito às diferenças. Coletivo Da Barragem Pra Cá dedica-se tonar acessível atividades de arte, cultura e lazer para a comunidade local.

            Coletivo Da Barragem Pra Cá youtu.be/Fy8ancNNZgA12

Contato: 9.9277-3674

Já o Coletivo Poesianoá conseguiu atrair o envolvimento dos moradores próximos para suas intervenções urbanas, onde promovem música, poesia, afeto e respeito. Em outro canto da região o Território Cultural Paranoá cria ambientes de identidade cultural e afetiva impulsionados por memórias de arte popular.

            Coletivo Poesianoá youtu.be/UTthB0HH5-g

Contato: 9.9288-8153

Território Cultural Paranoá youtu.be/M-2GUEG8zNg

            Contato: 9.9188-0560

Presente em Taguatinga, está no polo cultural Mercado Sul Vive. Um celeiro de artistas e atores da cultura, que vai desde a tecnologia até a cultura popular, convivendo com a comunidade local de trabalhadores/as. Sem voz predominante de comando, as decisões são tomadas horizontalmente e os projetos implementados são em prol do coletivo.

            Mercado Sul Vive youtu.be/LsB3OH0Ac0Q

Contato: 9.8127-7422

Vem de São Sebastião as Sebastianas. Uma casa de arte educação onde o fazer cultural é coletivo e os saberes são compartilhados. Idealizado e coordenado por mulheres que, juntas a outras participantes, se fortalecem e buscam protagonismo e prosperidade em seus espaços de atuação.

            Sebastianas

Contato: (81) 9.9966-5809

Por último, mas não menos importante, no Plano Piloto, estão o Tranzine-se e a Associação Artística Mapati. Voltado exclusivamente para pessoas trans, o Tranzine-se forma novas/os autoras/es na independente arte do fanzine. A Associação Artística Mapati (AAMA), tem como alicerce a criação de meios para a promoção da cidadania e defesa dos direitos de todas e todos. No seu entender, isso se alcança através de práticas afirmativas de cunho social, educacional, cultural e desportivo. De portas abertas à diversidade, sua sede se destaca por ser um território inclusivo e democrático. Posturas discriminatórias de raça, orientação sexual, opções político-partidárias, ideologias e credos religiosos são desconstruídas. Com isso, abrem-se novos olhares para a formação de uma sociedade empática e gentil.

Tranzine-se

Contato: instagram.com/diana.salu/

Associação Artística Mapati – AAMA

Contato: mapati.org.br

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