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Pinacoteca quer usar novo edifício para ampliar a coleção em um terço

A Pinacoteca começa neste mês as obras da Pina Contemporânea, o novo anexo da instituição dedicado à arte contemporânea, e deve finalizá-las em dezembro de 2022.

FolhaPress

23/11/2021 16h23

Foto|Reprodução

Com esse que será o terceiro espaço da instituição, o acervo deve ser ampliado de 10.500 obras para 13.500 nos próximos anos. A instituição também pretender aumentar os comissionamentos, que já são feitos num local conhecido como octógono do prédio principal da Pinacoteca na Luz.


O anúncio das obras foi feito em entrevista coletiva nesta terça (23) e contou com a presença dos secretários de cultura estadual e municipal –Sérgio Sá Leitão e Aline Torres, nesta ordem– e o diretor do museu, Jochen Volz.


O espaço fica a poucos metros da sede principal da instituição, no parque da Luz, num imóvel que antes abrigava a escola Prudente de Moraes. O colégio ficou vazio por três anos antes de ser cedido à Secretaria de Estado da Cultura, responsável pela Pinacoteca, em 2017, após sete anos de negociação.


Um dos motes do projeto da Pina Contemporânea é uma maior integração com o entorno –isso envolve tanto a aproximação com outras instituições culturais do Centro de São Paulo, como o recentemente reaberto Museu da Língua Portuguesa, quanto com o público do parque.


Sérgio Sá Leitão reforçou durante o anúncio que o projeto é “aberto e convidativo para a população”. “Este edifício”, disse ele sobre o prédio principal da Pinacoteca, “é voltado para dentro. A Pina Contemporânea será voltada para fora, para que as pessoas entrem e se apropriem dela”.


Para ele, a inauguração do anexo reforça a perspectiva da “cultura como um dos vetores de revitalização do Centro” da cidade. Ela ainda integrará um conjunto de ações para pessoas em situação de vulnerabilidade que vivem na região que envolvem cursos educativos e gratuidade das mostras.


O Jardim da Arte, espaço do parque da Luz, será inclusive cedido pela prefeitura para a Pinacoteca, que deve utilizar o local para exibir obras de arte de grandes proporções.


“O que vai ser possível com o novo espaço é reforçar o programa de comissionamento e desenvolver programas que talvez não sejam só expositivos, que envolvem outras formas de interação com o público”, afirmou Jochen Volz, reforçando o caráter experimental de obras que devem chegar ao espaço a partir do ano que vem.


Ainda não se sabe que artistas que devem integrar a programação do novo edifício quando ele for inaugurado.
Sá Leitão afirmou ainda que a gestão tem feito um programa intenso de aumento do acervo nos últimos anos, tanto em comodatos de coleções privadas quanto com aquisições. A expansão do acervo com a nova reserva técnica na Pina Contemporânea acontecerá com esses dois modelos, ainda segundo o secretário.


Foram investidos R$ 85 milhões na obra do edifício –R$ 55 milhões vieram do governo do estado de São Paulo e os outros R$ 30 milhões de doadores privados.


Além da área expositiva, o espaço terá uma nova reserva técnica, dois ateliês para projetos educativos, auditório, mirante, biblioteca e área com café e restaurante.


A Pinacoteca se soma a outros museus tradicionais que têm aumentado os espaços expostivos com novos anexos. É o caso do Masp, que anunciou neste ano projeto de anexo em edifício que ficou anos em disputa e será ligado à sede por um túnel sob a avenida Paulista. O Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA, conseguiu aumentar o número de obras do acervo exibidas para o público em sua reforma mais recente.


Com esse novo anexo, que amplia a área total da Pinacoteca de 16.165 metros quadrados para 22.041, a perspectiva da instituição é receber um milhão de pessoas por ano.

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