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Peça com Mel Lisboa é destaque do Arte é Inovação – de 22 a 25/10, na Cia da Revista e ONLINE

O evento será realizado entre 22 e 25 de outubro no espaço da Cia da Revista e será transmitido online, de graça para o público

Redação Jornal de Brasília

20/10/2020 16h09

Questões básicas hoje em debate na sociedade – como a diversidade sexual e a inclusão do negro e da pessoa trans – há tempos estão incorporadas no universo da arte. Vivemos em uma cultura disruptiva, em que tudo muda a todo momento, em que se crê na criatividade como base da inovação e a arte como sustentação da criatividade. Com a proposta de discutir temas como Arte, Inovação e Sustentabilidade para colaborar na construção de uma sociedade mais justa, inclusiva, diversa e com mais oportunidades para todos no futuro, a organização social sem fins lucrativos POLO CULTURAL apresenta o projeto Arte é Inovação.

O evento será realizado entre 22 e 25 de outubro no espaço da Cia da Revista e será transmitido online, de graça para o público. Artistas e profissionais de diversos setores participarão de quatro dias de programação, com oito mesas redondas, e quatro performances. Cada dia abrigará dois debates, um às 16h e outro às 18h e uma atividade artística abre e fecha o evento diariamente. No ar pelo canal do YouTube da Polo Cultural. https://www.youtube.com/user/polocultural

Entre os temas abordados, Arte é a saída, Arte pulsante das periferias, Arte engajada, Territórios criativos, Centros comunitários e vida na periferia, Êxodo para o Interior, Acessibilidade artística e Empreendedorismo social. “Na prática, quando se dá oportunidade para a criança conviver com a arte, pensar novas formas de expressão, se está construindo uma sociedade melhor, com condições de gerar pessoas mais criativas. A arte é a pedra fundamental, o combustível de uma sociedade melhor no futuro”, diz Marcelo Sollero, citando O Inimigo do Povo, de Henrik Ibsen.

O diretor executivo da Polo Cultural faz um paralelo com o clássico do dramaturgo norueguês: “Foi escrita há mais de 100 anos e falava exatamente sobre isso ao enfocar um personagem, que ao denunciar a poluição das águas causada por um curtume, na esperança de obter respeito e consideração por parte da população, ao contrário, passa de mocinho a vilão, ou seja, torna-se ele o “inimigo do povo”. De acordo com Marcelo Sollero, “a arte colabora na formação de seres humanos melhores e com mais condições de conquistar oportunidades na vida pessoal e profissional. Também por meio da arte e da tecnologia, as pessoas da periferia tem alternativas para se empoderar e conquistar seu espaço.

Partindo do princípio de que o artista sempre está na vanguarda do pensamento, Sollero conta que idealizou o evento para tratar sobre o valor da arte na sociedade e jogar luz em temas caros a uma sociedade inovadora, “além de ligar a arte diretamente com a inovação”. Para montar a curadoria dos temas, Sollero pesquisou assuntos relevantes para a geração que hoje está com 30 anos. Entrevistou especialmente mulheres sobre o que pensam para o futuro. Ouviu que trabalho e sucesso na carreira são importantes, mas o pensamento principal diz respeito a estarem envolvidas com questões sociais, de terceiro setor. “Elas se preocupam em contribuir para um futuro com melhor convivência entre as pessoas e qualidade de vida, mais liberdade criativa, diversidade e inclusão, assuntos que fazem parte de uma luta antiga, ideias que agora estão incorporadas por essa geração.”

Dia 22/10 – quinta

16h – A saída na Arte:

Cauã Taborda (líder de comunicações e assuntos públicos do Youtube na América Latina), Mel Lisboa (atriz), Izabel Wilker (atriz, artista visual e escritora) + LeonaJhovs (mulher transfeminista, multi-a(r)tivista, atriz, diretora, roteirista, apresentadora).

Mediação: poeta e pedagoga Luz Ribeiro.

A pandemia escancarou, mais uma vez, a importância da arte. Em casa, foram os artistas, músicos, cineastas, escritores e poetas que nos aliviaram em momentos de tensão. A arte traz esperança e mexe com nossas emoções. Em tempos de isolamento social, foi a arte que nos acompanhou por toda trajetória e seguirá dando a direção. Para lidar com o racismo e a exclusão, a mediadora começou a escrever versos sobre seu cotidiano, em papéis que depois queimava.

18h – A arte das periferias não é influenciada, ela é a influência:

Carol Peixoto e Pam Araújo (poetas do Slam das Minas) + Khally (bboy no hip hop)

Mediação: Helder Oliveira

A antropofagia da semana e arte moderna nos transformou em um caldeirão artístico cultural por 100 anos. Hoje colhemos uma revolução cultural nas periferias trazendo essas estéticas no dia a dia de todos. Funk, HipHop, poesias, grafite, pinturas, tatuagens… a revolução está no nosso dia a dia. A arte periférica é a cultura brasileira que alimentará o planeta. Estamos só no começo.

Performance – Jam session de desenho e animação com VJ Suave e convidados.

Local – esquina na Consolação com a Caio Prado, a partir das 18h até 20h30.

Participarão desta apresentação Ygor Marotta e vjmozart desde São Paulo, Fer Pineirua (Uruguay) e Karen Frances Eng (Inglaterra).

VJ Suave (duo de artistas formado em 2009 por Ygor Marotta e Ceci Soloaga apresenta uma JAM session com convidados nacionais e internacionais. Através de um aplicativo para iPads conectado a projetores participantes poderão desenhar e animar juntos em tempo real desde suas casas sem a necessidade da presença física. O conteúdo artístico é projetado em escala aumentada e via streaming as pessoas de fora da cidade poderão acompanhar.

Tagtool é um aplicativo de pintura colaborativa que explora a interação entre desenho, tecnologia e arquitetura, criando uma nova plataforma de arte que através de projeções transforma as paredes em painéis de arte e lugares conhecidos em cenários que nos transportam para o universo da fantasia.

Trata-se de uma ferramenta digital que preserva a espontaneidade dos meios analógicos e do fluir das mãos que desenham e animam enquanto a imaginação se constrói. Baseado no improviso, a tecnologia permite a interação entre artistas de diferentes partes do mundo com o público.

Dia 23/10  – sexta

16h – Arte ativista:

Marcela Scheid (artista e designer gráfica) + Fábio Ventura (Coletivo Abrupto)

Mediação: LeonaJhovs (mulher transfeminista, multi-a(r)tivista, atriz, diretora, roteirista, apresentadora).

Em uma carta para um amigo Lenin reclama dos artistas pós revolução de 17. Os líderes chineses se irritavam com a arte porque questionava tudo que ele fazia. Pushkin, poeta russo, foi preso pelo Czar. Fitzgerald escreve um livro chamando o presidente de Vegetal. A arte é forma de se expressar; colocar para fora as angústias, os anseios e nossas vulnerabilidades. É pela arte que comunicamos aquilo que queremos dizer com o coração: pode ser amor ou dor. O fazer e o absorver artístico sempre foi caminho para a luta: expor feridas, escancarar desigualdades, denunciar abusos e opressões. É pela arte que nos fazemos ser ouvidos. É pela arte que a gente grita. E é pela arte que nos comunicamos e conectamos com o que sentimos.

18h – Territórios criativos – a ascensão da classe criativa:

Kleber Montanheiro (diretor, cenógrafo e figurinista, prêmio APCA 2008, Cia da Revista) + Museu do Amanhã (representante)

Territórios criativos são bairros, cidades ou regiões que apresentam potenciais culturais criativos capazes de promover o desenvolvimento integral e sustentável, aliando preservação e promoção de seus valores culturais e ambientais. Nos territórios criativos, podem existir diversas atividades ao mesmo tempo que vão desde indústrias culturais clássicas, como artes visuais, música e literatura, até outros setores, como propaganda, arquitetura, arqueologia e design. A economia criativa é um setor estratégico e dinâmico, tanto do ponto de vista econômico como social. Suas atividades geram trabalho, emprego, renda e inclusão social. Acreditamos no potencial propagador da arte como forma de fazer revolução e como forma de transformar a sociedade.

Dia 24/10 – sábado

16h – Centros comunitários e vida na periferia:

TETO Br (Ygor Melo, coordenador de áreas sociais da TETO em São Paulo, onde lidera projetos e equipes na atuação em 15 comunidades no Estado ) + Gastronomia periférica +  Khaly (bbou, hip hop).  Mediação: Marcelo Sollero (diretor da Polo Cultural)

Uma cidade sustentável é uma cidade feita por e para pessoas, que fomenta a cultura e consumo local, por meio de trocas justas. Acreditamos que é preciso trazer o lazer como forma de aprendizagem. O local onde convivemos, conhecemos outras pessoas e vemos o novo é – ou deveria ser –  o espaço mais importante da nossa comunidade. Escola, clube, parque, centros culturais, praças, hortas e outros são lugares que ativam nossa consciência e abrem nossa mente. Por isso, acreditamos que a criatividade é impulsionada por espaços sadios de convivência. São em centros comunitários que a diversidade floresce.

18h – Território Global.   

Ygor Marotta  (VJ Suave)  

Mediação: ……..

Hoje o local e o global conversam em um grande território global criativo. Vivemos em um mundo marcado pela globalização, resultante, entre outros fatores, da expansão das tecnologias de comunicação, através dos tempos. A questão em foco é a presença simultânea do global e do local no mesmo território criativo. A arte ultrapassa as fronteiras e possibilita aos agentes das áreas de expressão se comunicarem e trocarem referências. É realidade para um produtor musical do Interior do Brasil, por exemplo, ter a possibilidade de desenvolver uma parceria profissional com determinado instrumentista do outro lado do planeta.

Dia 25/10 – domingo

16h – Acessibilidade artística: Nina Mancin (da Polo, atriz, pedagoga, psicopedagoga, arte educadora e diretora teatral da Cia Teatral Olhos de Dentro)  + Victor di Marco

Mediação: Eneida Sollero

O projeto Arte É Inovação se propõe a inserir a pauta da cultura da acessibilidade em todos os segmentos. Importante enxergar a arte como ferramenta de inclusão social no sentido de promover uma integração  entre pessoas com e sem deficiência. O Polo Cultural, através do Projeto Acessibilidade ao Palco promove, na realização de um espetáculo de teatro, a reunião entre crianças com e sem deficiência. A experiência tem se mostrado um sucesso e prova que arte tem a capacidade de instaurar a inclusão social. É preciso aprofundar as noções de acessibilidade e inclusão no contexto atual, para além da ótica assistencialista caracterizada no país. Acreditamos que a arte pode oferecer igualdade de oportunidades para artistas e consumidores.

18h – Empreendedorismo social em busca de autonomia:

Yunus Tecnologia Social + SITAWI Finanças do Bem +Impact Hub + Plana vivÊncias + Fundação Tide Setubal + Itala Herta + Artemisia

Mediação: jornalista Marcela Franco (Folha de S. Paulo)

Empreendedorismo social é sobre ter autonomia para criar um trabalho com significado, que gere impacto ao nosso redor. Estamos buscando novas formas de nos relacionar com nosso tempo – e também com o nosso trabalho. É preciso criar um trabalho que atenda às nossas demandas e também às demandas da sociedade.

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