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Música

“Uma proposta mais crua e madura”, diz Clarissa sobre novo EP

‘‘Tudo, Eu, Enfim’’, chega às plataformas digitais nesta sexta-feira (25) e conta com cinco faixas

Tamires Rodrigues

25/08/2023 5h00

Clarissa lança nesta sexta-feira (25) em todas as plataformas digitais seu novo EP, “Tudo, Eu, Enfim” — Foto: Divulgação

A cantora, compositora e atriz Clarissa traz grandes novidades para sua carreira musical. Nesta sexta-feira (25), chega em todas as plataformas digitais seu novo EP, “Tudo, Eu, Enfim”, que conta com cinco faixas: “desculpa qualquer coisa”, “tudo, eu, enfim”, “combustão espontânea”, “a casa” e “dia útil, eu inútil”.

Clarissa, que começou a carreira musical em 2021 com o lançamento do seu primeiro EP, “Clarissa”, se destacou no cenário com seu estilo indie pop. E em seguida, lançou, no mesmo ano, o single “nada contra (ciúme)”, com uma pegada mais pop punk, que se tornou Top1 no TikTok com 37 milhões de plays em 24 horas e acumula mais de 30 milhões de streamings no Spotify.

Agora, a artista mergulha em suas origens no novo projeto, com letras mais maduras e arranjos minimalistas, que abordam uma Clarissa mais frágil, sem medo de mostrar os seus erros. “Há muito tempo a gente tinha vontade de fazer um trabalho mais cru, uma coisa mais voz e violão, algo mais reduzido. Eu vim desse lugar com os vídeos acapellas nas redes, cantava mais MPB, então eu queria muito revisitar essa estética, mas fazendo sentido com o nosso momento atual”, explica a cantora, em entrevista ao Jornal de Brasília. “Estou muito orgulhosa deste trabalho, é um momento muito mais aberto, um convite para as pessoas que me acompanham realmente me conhecerem”, conta.

O novo EP tem letras mais pessoais sobre a vida da cantora. É possível notar essa característica na faixa “desculpa qualquer coisa”, que toca em assuntos próprios de algumas questões. “Essa música é muito pessoal, ela veio de um momento em que eu tinha feito m*rda. Fiz besteira e percebi que sempre apelo para essas desculpas e continuo cometendo os mesmos erros. O problema não é o ato em si, mas sim o porquê de esse ato ter sido cometido. Então, eu comecei a pensar que faltam palavras, parece que desculpas não são suficientes às vezes”, destaca. 

Foto: Divulgação

Clarissa fala em como lidar com os próprios erros. “Às vezes, a gente precisa colocar uma máscara para não precisar lidar com o que fazemos. Perceber que pessoas quebradas fazem coisas quebradas, coisas ruins. Daí, chega um momento em que não dá para achar que tudo vai passar, que alguém vai passar pano para você”, avalia.

Diferente do álbum ‘Para Raio’, que seguia uma linha pop punk e deu maior destaque à cantora nas redes sociais, o novo EP caminha para suas origens mais minimalistas do indie pop. “Esse projeto começou como uma coisa que era para ser um lado B, nós temos algumas músicas mais cruas, mas elas ficaram tão grandiosas e fizeram tanto sentido que eu quis fazer um lançamento com mais cuidado, com uma maturidade que pretendo seguir”, conta Clarissa.

“‘Tudo, Eu, Enfim’, não foi feito para seguir essa linha para sempre. É, na verdade, um parêntese. A ideia é lançar, no fim deste ano, mais músicas parecidas com a faixa “Danos Colaterais”. Porém, a proposta do EP que estou lançando hoje faz muito sentido, e em algum momento vou continuar fazendo”, revela.

Cantando para gerações atuais

Com muitos seguidores nas redes sociais, onde todos externam suas opiniões que nem sempre são legais, Clarissa entende o seu lugar. “Olha, a única coisa que eu posso fazer é tentar não levar para o coração e me anular um pouco, entendendo que nem sempre é sobre isso. Em alguns casos, algumas pessoas problematizam algo que eu disse ou cantei, mas, em outros, elas simplesmente opinam sobre alguma faixa, com ‘Não gostei’, ‘Achei ruim’… Isso pode acontecer. Com tanto barulho, a única coisa que eu posso fazer é tentar me policiar em não levar para o coração”, explica a cantora. 

Clarissa também é atriz e já atuou em algumas produções, como nos filmes “Ana e Vitória”, onde interpretou Cecília, par romântico de Ana Caetano, e “Me Sinto Bem Com Você”, também vivendo uma jovem bissexual. Os longas, aliados ao single “nada contra (ciúme)”, têm chamado a atenção da comunidade LGBTQIAP+. “Eu acho que a minha franqueza e minha necessidade de me abrir e falar sobre certos temas que me afetam, positiva e negativamente, fizeram com que as pessoas criassem esse laço comigo. Não que eu seja alguém a ser seguida, nunca me propus a isso. Mas alguém de quem se pode ser amiga, com quem se pode contar quando se está sozinha. A maioria das pessoas que me acompanham são jovens, então é bom me ver nesse lugar de irmã e parceira”, comemora a cantora.

Futuros projetos

A artista já tem novos planos. “Esse novo EP também conta com um projeto visual que está lindo, bem nessa pegada despretensiosa, com um cuidado estético muito grande. A gente também está preparando um novo single e sonhando muito. Já estou muito ansiosa para os futuros lançamentos”, pontua.  

Confira o EP “Tudo, Eu, Enfim”:

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