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Música

Uma noite inesquecível com as Rainhas do Samba na capital

As gigantes Alcione e Maria Rita prometem show icônico neste sábado. As bandas SaiaBamba e Elas Que Tocam também agitam a noite.

Thaty Nardelli

22/03/2024 5h09

Foto: Alcione e Maria Rita. Crédito: Divulgação

Foto: Alcione e Maria Rita. Crédito: Divulgação

Neste sábado (23/3), Brasília recebe um dos shows mais icônicos da atualidade, o “Rainhas do Samba” com Alcione e Maria Rita, na Arena BRB Nilson Nelson. Como elas costumam cantar por aí, samba “é corpo, é alma, é religião”. Para Alcione, nossa “Marrom”, a apresentação tem um gostinho para lá de especial, por celebrar seus 50 anos de carreira e entoar os clássicos que a tornaram uma lenda viva do gênero.

Em entrevista ao Jornal de Brasília, Alcione fala sobre o segredo de atuar e permanecer durante tanto tempo nos palcos. “Amar o ofício, amo cantar! Estas são as principais motivações, e acho que não poderia encontrar outros motivos melhores”, revela Marrom. “Sou muito grata a Deus e, claro, aos fãs, por ter chegado à marca desses 50 anos ainda cantando, exercendo a minha profissão. E tenho sido muito homenageada pelo cinquentenário”, completa.

Foto: Alcione. Crédito: Vinicius Mochizuki
Foto: Alcione. Crédito: Vinicius Mochizuki

Isso porque, aos 76 anos, sua trajetória foi celebrada pela escola de samba carioca Mangueira, agora em 2024, na Sapucaí, no Rio de Janeiro, com o tema “A negra voz do amanhã”. Toda a espiritualidade da cantora, bem como os festejos tradicionais do Maranhão, estado famoso por manifestações como o Boi de Maracanã e o Tambor de Crioula, tomaram conta da avenida, levando os fãs ao delírio.

“Acho que não pode haver reverência maior para um artista popular do que ver sua trajetória sendo ‘escrita no chão da Sapucaí’ pela Mangueira, a minha Escola de coração, que jamais será esquecida. Era uma homenagem que não ousaria pensar nem em meus melhores sonhos. E serei eternamente grata à minha querida Estação Primeira”, comemora.

Foto: Alcione e Maria Rita. Crédito: Divulgação
Foto: Alcione e Maria Rita. Crédito: Divulgação

Dona de uma voz grave inconfundível, Marrom tem 30 álbuns de estúdio e nove discos ao vivo, com mais de 8 milhões de cópias vendidas ao longo de seus 50 anos de carreira. Alcione foi apadrinhada por grandes artistas na época, que a ajudaram a se tornar a grande “Loba” do samba. Hoje, ela retribui apoiando novos artistas.

“Fui incentivada, lá no início da carreira, por muitos dos meus ídolos, como Jair Rodrigues que me ajudou a gravar meu primeiro disco, Clara Nunes, que se tornou uma amiga querida, e sempre me apoiou, e outros inúmeros colegas me deram força”, revela. “É muito natural apoiar esses novos talentos. Eles é que vão continuar ‘empunhando as bandeiras’ do samba e da música brasileira. Temos mais é que apoiar mesmo”, completa.

Foto: Maria Rita. Crédito: Divulgação
Foto: Maria Rita. Crédito: Divulgação

E quem entende muito de nomes sagrados da cultura brasileira é Maria Rita, que se junta à maranhense entre as atrações da noite épica. Há tempos, a “Bacanuda”, como costuma ser chamada carinhosamente pelos fãs, deixou claro que “herdou a voz e a malemolência da mãe”, mas que tem uma jornada própria a trilhar. Mesmo flertando com diferentes cadências, foi com o samba que Maria Rita chegou ao coração do público, de onde nunca mais saiu.

Alcione confirma não apenas o talento, mas a consagrada jornada de Maria Rita na música, além de revelar detalhes do show “Rainhas do Samba”. “Já partilhamos os palcos anteriormente, e é sempre um prazer ver essa cantora maravilhosa que é Maria Rita! Um orgulho para a nossa música. Afinal, o DNA já poderia resumir tudo”, afirma Alcione. “Quanto aos shows, terá um repertório baseado nos meus maiores hits de carreira para o público cantar com a gente. Mas teremos algumas surpresas também, é claro”, adianta.

Enquanto Alcione promete entoar clássicos, como “Você me vira a cabeça”, “Estranha loucura” e “Sufoco”, Maria Rita chega com “Tá perdoado”, “Maltratar não é direito” e “Cara valente”, sucessos que devem contagiar a plateia.

Foto: SaiaBamba. Crédito: Divulgação
Foto: SaiaBamba. Crédito: Divulgação

Aquecendo a noite, as meninas dos grupos brasilienses SaiaBamba e Elas Que Toquem abrem o espaço e recebem o público antes e no intervalo das apresentações individuais de Alcione e Maria Rita. Formado exclusivamente por mulheres, os dois coletivos estão entre as principais iniciativas de samba de Brasília, não somente pela desenvoltura musical, mas também pela representatividade.

“Esse show tem uma importância imensurável para o nosso grupo, afinal, o SaiaBamba só existe por conta de Alcione e, precisamente, de seu hino ‘Não Deixe o Samba Morrer’. Explico: em meados de 2009, fazíamos parte de um grupo vocal que apresentaria essa canção em um espetáculo de vozes. Dali, resolvemos nos juntar e fundar o SaiaBamba, inspiradas pelo poder de Alcione e pela oração que é essa canção”, conta Ju Rodrigues, vocalista do Saiabamba. “‘Cara Valente’, tão consagrada por Maria Rita, esteve em nosso primeiro repertório, em nosso primeiro show. Então, dá para imaginar o quão emocionadas estamos em abrir esses shows, né? Além de tudo, tendo a oportunidade de estarmos juntas com essas potências que são nossas companheiras Carol Nogueira, Cris Pereira, Kris Maciel e Elas Que Toquem”, completa.

Rainhas do Samba

Alcione e Maria Rita no Nilson Nelson

  • Dia: 23 de março (sábado)
  • Horário: 21h
  • Abertura dos portões: 20h
  • Ingressos: Sympla
  • Endereço: Ginásio Nilson Nelson – Brasília
  • Classificação Indicativa: 18 anos.

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