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Morre aos 88 anos Monarco, mestre do samba

Monarco chegou à ala de compositores da Portela na década de 1950, aos 17 anos. Gravou o primeiro álbum em 1976

Redação Jornal de Brasília

12/12/2021 11h23

O cantor e compositor brasileiro Hildemar Diniz, conhecido como Monarco e considerado uma das figuras mais emblemáticas do samba, morreu neste sábado (11) aos 88 anos por complicações derivadas de uma cirurgia do intestino, informou a escola de samba Portela.

“É com profunda tristeza que Portela informa a morte do nosso presidente de honra, Monarco”, que estava internado desde novembro em um hospital da zona oeste do Rio, “para fazer uma cirurgia de intestino”, informou a escola em sua página na internet. “Infelizmente, não resistiu às complicações”, acrescentou.

Monarco foi um dos grandes compositores de samba e membro da Velha Guarda da Portela, uma das escolas mais tradicionais do Rio.

“Monarco sempre foi um mestre nato, de personalidade generosa que gostava de compartilhar seu saber e suas histórias. Sua memória prodigiosa guardava os melhores sambas e era nossa enciclopédia”, escreveu no Twitter a cantora Marisa Monte.

“Monarco foi uma voz e uma consciência que ajudou a escrever a história da Portela e do samba por mais de 60 anos. Um grande artista e uma grande figura, com o coração do tamanho de um talento de valor imensurável. Perdemos hoje um baluarte”, lamentou Paulinho da Viola.

Marisa Monte relembrou um vídeo feito durante a gravação do disco Portas, em que falou com o sambista por telefone. “Monarco sempre foi um mestre nato, de personalidade generosa, que gostava de compartilhar seu saber e suas histórias. Sua memória prodigiosa guardava os melhores sambas e era nossa enciclopédia. Testemunha viva da história do samba, a ele a gente recorria quando queria saber sobre os assuntos dos bambas. Um homem generoso e gentil”, homenageou.

Zeca Pagodinho destacou o “dia de luto no Brasil e no mundo do samba” e publicou um breve vídeo: “Perdemos o Monarco, nosso mestre. A Portela está triste, o mundo do samba está triste. Só tenho a falar que ele teve uma missão bacana, não fez feio. Deus recebe.”

Péricles usou a função de stories do Instagram para postar uma imagem de Monarco ao lado da frase: “Luto: 1933-2021”, referência ao seu período de vida. O Instagram oficial de Arlindo Cruz também postou uma homenagem: “O samba perde um mestre, um professor, uma referência e um talento indescritível. Nossas condolências e sentimentos a todos os familiares”.

João Diniz, sambista e neto de Monarco, publicou: “Vô, sua passagem aqui neste plano foi linda e histórica, deu início a um legado, uma dinastia que hoje carrego comigo. Obrigado por ter sido tão especial e presente na minha vida”.

“Deus o guarde, mestre Monarco! Jamais vou esquecer os momentos e shows que fizemos juntos. Tenho um samba em parceria com ele (ainda inédito). Descanse em paz! Te amo!”, escreveu o cantor Léo Russo.

A escola de samba divulgou uma nota de pesar em seu perfil no Instagram, ressaltando que Monarco havia sido homenageado na sexta-feira, 10, com a inauguração da Sala de Troféus da Portela, que leva seu nome.

Monarco chegou à ala de compositores da Portela na década de 1950, aos 17 anos. Gravou o primeiro álbum em 1976, e, desde então, gravou com nomes de peso da música brasileira.

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