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‘MeToo libertou voz das mulheres’, diz atriz americana Alyssa Milano

Tweet da atriz viralizou há 5 anos e criou movimento no qual centenas de atrizes denunciaram assédios e agressões sexuais na indústria de Hollywood

Redação Jornal de Brasília

18/10/2022 17h34

Foto: Matt Sayles/AFP

Cinco anos depois de acender a chama do movimento MeToo, a atriz americana Alyssa Milano diz que se sente orgulhosa de ver as mulheres se recusarem a “ser silenciadas”.

“Muita coisa mudou”, afirmou, em entrevista à AFP, lembrando seu famoso tuíte de 15 de outubro de 2017, quando pediu às mulheres que compartilhassem seus traumas de assédio sexual sob a hashtag #MeToo.

A atriz, de 49 anos, que se tornou popular com programas como “Who’s the Boss?” e “Charmed”, admitiu que foi vítima de uma agressão sexual durante uma filmagem na década de 1990. 

“O mais evidente é que nos recusamos a ser silenciados e unimos nossas vozes”, explicou ela em Cannes, onde participou do festival de programas de televisão Mipcom. 

Milano considerou positivas as novas leis nos Estados Unidos contra a discriminação de gênero e o assédio, assim como a criação de “coordenadores de intimidade” para ensaiar cenas de conteúdo sexual nos filmes.

“Para mim, não fazia sentido o fato de que, se houvesse um animal no ‘set’, fosse obrigatória a presença de um representante da Humane Society (organização de proteção aos animais), enquanto os atores têm de enfrentar situações de vulnerabilidade, não apenas as cenas de amor”, sem ajuda, disse Alyssa. 

Para ela, a recente decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, que devolveu aos estados o poder sobre o direito ao aborto, é uma reação a esses movimentos pela emancipação das mulheres. 

“Igualdade e equidade são aterrorizantes para muitos homens brancos no poder”, denunciou. 

“Tirar nossa autonomia é o caso mais extremo das tentativas de impedir nossa evolução e crescimento”, explicou.

Alyssa Milano disse confiar muito nas novas gerações. 

“Tenho grandes esperanças”, afirmou, referindo-se às novas gerações “que não se contentam apenas em aprender que as meninas podem fazer as mesmas coisas que os meninos, mas que também vivem isso realmente”.

Agence France-Presse

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