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Kátia Flávia
Kátia Flávia

Sobrinha que levou Tio Paulo para empréstimo foi agredida na prisão e tem uma filha especial

“Erika sofreu represálias dentro da prisão. Ela me relatou que assim que ela chegou a Benfica, jogaram água e comida nela.”, declarou a advogada de Erika.

Kátia Flávia

20/04/2024 19h00

“Erika sofreu represálias dentro da prisão. Ela me relatou que assim que ela chegou a Benfica, jogaram água e comida nela.”, declarou a advogada de Erika.

Meus amores, se preparem, pois trago um babado fortíssimo sobre o caso do Tio Paulo para vocês. Acontece que a defesa da dona de casa Erika de Souza Vieira Nunes, que foi presa em flagrante ao levar o tio morto para sacar R$ 17 mil de um empréstimo em um banco nesta última terça-feira (16), entrou com um pedido de habeas corpus nesta quinta-feira (18), na 2ª Vara Criminal de Bangu, solicitando a revogação da prisão de Erika.

A advogada de Erika quer que ela responda em liberdade durante as investigações, o pedido ainda será analisado pela Justiça.

Segundo reportagem do G1, a defesa relatou que Erika tem uma filha de 14 anos que depende de cuidados especiais. “A ora acusada é pessoa íntegra, idônea de bons antecedentes, não pretende se furtar à aplicação da lei penal, nem atrapalhar as investigações, já que possui residência fixa”, diz em um trecho do documento.

Os advogados da mulher afirmar que “a prisão preventiva não é justa” porque Erika “sempre se pautou na honestidade e no trabalho”.

No pedido de habeas corpus, eles destacaram ainda que “não existem mais fundamentos para a manutenção da prisão” da dona de casa, “uma vez que os indícios se baseiam apenas em um clamor público de que Erika havia levado um cadáver até o banco para tentar aplicar um golpe do empréstimo, o que não é verdade”.

Na tarde desta quinta, a juíza Rachel Assad da Cunha manteve na audiência de custódia a prisão de Erika, que afirmou ser sobrinha e cuidadora de Paulo Roberto Braga. Érika responde pelos crimes de vilipêndio de cadáver e por tentativa de furto, depois de pedir para o tio morto assinasse um documento na frente de atendentes do banco para que fosse possível sacar dinheiro de um empréstimo.

Ao anunciar sua decisão, a juíza Rachel Assad da Cunha julgou essa ação como “repugnante e macabra”, e por isso, converteu a prisão em flagrante em preventiva.

A magistrada disse que a situação não se trata do exato momento da morte, mas, sim, pela situação vexatória à qual o idoso estava sendo exposto.

“A questão é definir se o idoso, naquelas condições, mesmo que vivo estivesse, poderia expressar a sua vontade. Se já estava morto, por óbvio, não seria possível. Mas ainda que vivo estivesse, era notório que não tinha condições de expressar vontade alguma, estando em total estado de incapacidade.”

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