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Kátia Flávia
Kátia Flávia

Separação azeda, Justiça intervém e Paulo Miklos perde o controle da própria narrativa

O fim do casamento escapa do discurso elegante e desemboca em medida protetiva.

Kátia Flávia

19/12/2025 9h30

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Ex-companheira de Paulo Miklos relata agressões, aborto forçado e invasão de privacidade. Foto: reprodução/Instagram

Euzinha observa em silêncio. Porque às vezes não é preciso levantar a voz para entender que algo saiu muito do lugar.

Amores ,a separação de Paulo Miklos não seguiu o roteiro civilizado que costuma proteger homens bem posicionados no imaginário cultural brasileiro. Desta vez, o divórcio ganhou outro endereço. O da Justiça. E isso muda tudo, muda o tom, muda o peso e muda a conversa.

A Justiça de São Paulo concedeu medida protetiva à diretora audiovisual Renata Galvão, proibindo o músico de se aproximar, manter contato ou frequentar os mesmos espaços que a ex-mulher. Não é discussão doméstica. Não é ruído de bastidor. É decisão formal, assinada, carimbada.

Segundo os registros, o fim do casamento foi seguido por um ambiente descrito como tenso, invasivo e intimidatório. Relatos apontam medo, invasão de privacidade e episódios que teriam se intensificado após a separação, oficializada em 2024. A Justiça entendeu que era preciso impor distância. Quando isso acontece, não é por acaso.

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A Justiça de São Paulo determinou medidas protetivas contra o músico Paulo Miklos. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Do outro lado, a defesa fala em fatos mentirosos, vazamentos ilegais e estratégia processual no divórcio. Rebate a forma, contesta o contexto, mas evita entrar no mérito das acusações. Um silêncio técnico, frio, calculado. E silêncio, nesse tipo de história, também fala.

O desconforto cresce porque Paulo Miklos sempre ocupou um lugar protegido. Artista intelectual, discurso progressista, imagem alinhada, quase blindada. Não é qualquer nome que atravessa esse tipo de manchete. E quando atravessa, o impacto não é pequeno.

A separação, que poderia ter sido apenas mais um capítulo privado, virou um caso institucional. Saiu da esfera do “ninguém sabe” e entrou no campo do “a Justiça precisou agir”. E aí, querida, não tem estética que segure.

O processo corre sob sigilo, mas o abalo é público. Não se trata de condenar, nem de absolver. Trata-se de encarar o fato bruto. A imagem racha quando o bastidor não sustenta o discurso.
Quando a separação vira medida protetiva, o palco muda. E o aplauso… fica suspenso, pairando no ar, sem saber se volta.

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