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Kátia Flávia
Kátia Flávia

SBT mantém especial de Zezé e dá aula sobre não se curvar ao barulho político

Emissora decide seguir com o especial, ignora patrulha ideológica e reafirma que sua régua é o público, não o chilique.

Kátia Flávia

15/12/2025 12h12

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No dia 17, às 23h, logo após o Programa do Ratinho, Zezé Di Camargo se apresenta no especial de fim de ano. Foto: reprodução/Instagram/SBT

O SBT vai exibir o especial de Zezé Di Camargo. E isso não é teimosia, provocação ou jogada de bastidor. É identidade. O SBT não nasceu para pedir licença a militância, nem para se guiar pelo incômodo político de quem acorda todo dia procurando um novo alvo para cancelar.

Houve vídeo, houve crítica, houve frase atravessada e houve reunião. Tudo dentro do roteiro clássico de qualquer emissora grande. O que não houve foi pânico. Nem ajoelhamento. Nem aquela velha mania de confundir pressão de rede social com decisão editorial.

A direção do SBT decidiu manter o programa em respeito ao público e aos anunciantes. Traduzindo em bom português. Televisão se faz com responsabilidade, não com histeria. Quem compra espaço, quem senta no sofá de casa, quem liga a TV depois do Ratinho quer programação, não guerra ideológica.

O SBT nunca foi linha auxiliar de governo nenhum, nem vitrine de partido, nem caixa de ressonância de militância. Sempre foi uma emissora popular, comercial, direta e, acima de tudo, dona do próprio nariz. Funcionários opinam, colunistas escrevem, bastidores fervem. Mas quem decide é a casa. Sempre foi assim.

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Zezé Di Camargo criticou o SBT por evento com Lula e outras autoridades. Foto: reprodução/Instagram

O especial vai ao ar porque faz sentido na grade, porque conversa com o público e porque a emissora sabe separar opinião pessoal de compromisso profissional. O resto é espuma. E espuma, como todo mundo sabe, some rápido.

No fim das contas, o SBT faz o que sempre fez. Segue em frente, aperta o play e deixa o barulho falando sozinho. Televisão grande não se guia por grito. Se guia por convicção. E nisso, gostem ou não, o SBT continua sendo professor.

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