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Kátia Flávia
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Roberta Miranda emociona ao relembrar início da carreira: “600 reais por mês”

Kátia Flávia

08/03/2024 15h00

A cantora deu uma entrevistas à Revista Caras e contou detalhes sobre o início de sua carreira e as dificuldades financeiras

Roberta Miranda já passou por poucas e boas até chegar ao patamar de vida que tem hoje. A cantora conversou com o apresentador Beetto Saad, e revelou que ganhava cerca de 600 reais por mês e que não tinha dinheiro nem para o ônibus, cantando de bar em bar.

“Era uma época que não tinha condição de ter o dinheiro para o almoço, para o jantar, então foi uma forma que Deus me mostrou de andar por esses bares, ganhar um pouquinho, o equivalente, vamos dizer, a 600 reais por mês. Mas qual era o meu grande negócio? Além de cantar, era o jantar, porque a gente não tinha aquelas condições todas”, conta.

“Uma coisa que acho que pouca gente sabe é que quando terminava de cantar nos bares, às 6h, 7h, eu descia a Rua da Consolação, a pé, porque não tinha dinheiro para pagar o ônibus. E do lado esquerdo da igreja hoje, da Consolação, tinha um restaurante. Nesse restaurante, eu tinha dinheiro apenas para pagar banana split. Eu comia aquela banana split, 7 ou 8 reais, sei lá, e ia dormir. Acordava, seguia para o Beco (bar e restaurante) ou Jogral (bar que entre meados da década de 1960 e início da de 1970 foi o mais importante reduto musical paulista), jantava e cantava. E assim foi sucessivamente durante 14 anos”, emenda a cantora.

Após a fase da noite, Roberta explodiu com o sertanejo. “Quando eu cantava na noite, já cantava Cascatinha, Índia, Meu Primeiro Amor, e quando cantava essas canções, aquilo me batia fundo, me arrepiava e emocionava mais ainda. Quando você trabalha na noite, tem que saber samba, rock, música em inglês que está fazendo sucesso… Fez sucesso hoje, a gente tem que levar para esse pessoal. Daí nasceu a paixão pela música sertaneja. Depois que eu tive a oportunidade, após 14 anos de promessas, entrei para esse mundo. Quem me deu essa oportunidade, infelizmente foi um cara que morreu, que se chamava Pula Pula, que era o cenotécnico do Beco, era o cara que abria as curtinas. Não somente ele me deu essa oportunidade, como também me deu bastante dignidade”, fala.

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