Amores, meu lindo Raul Gazolla resolveu falar. E falou daquele jeito que deixa a roda muda e a internet coçando. Contou que, no auge da pandemia, quando o setor cultural foi fechado, lacrado e esquecido, quem segurou a família de pé foi Milla Loureiro, sua enteada. Jovem, decidida e com zero paciência pra hipocrisia alheia.
Foram quase 500 dias. Quinhentos. Enquanto muita gente fazia textão indignado direto do sofá, Milla foi lá e fez o que precisava ser feito. Trabalhou com conteúdo adulto na internet e assumiu as despesas da casa inteira. Aluguel, contas, comida e dignidade. Tudo pago. Tudo em dia. A Kátia aqui confessa. Ficou chocada, passada e ao mesmo tempo respeitando muito.
Raul contou isso sem drama ensaiado e sem culpa fabricada. Disse que apoiou desde o primeiro minuto. Que a conversa foi simples, direta e humana. Se não machuca, se não destrói, a escolha é sua. E a família segura junto. Ponto final.
E aí vem a parte que deixa a Kátia realmente perplexa. Raul fez questão de agradecer publicamente. Disse que foi Milla quem segurou a barra e salvou a família num momento de crise pesada, daquelas que escancaram quem fala e quem faz. Nada de meia palavra. Gratidão escancarada.
Enquanto isso, o tribunal da internet julgava sem pagar um boleto sequer. Clássico, previsível e cansativo.

Raul ainda destacou que a experiência deu a Milla uma visão mais ampla sobre comportamento humano. Claro que deu. Sustentar adulto durante crise mundial é praticamente um MBA em gente.
Hoje, com a vida retomando o ritmo, Milla está em cartaz no Rio de Janeiro com o monólogo “TIP – Antes Que Me Queimem, Eu Mesma Me Atiro no Fogo”, dirigido por Rodrigo Portella, seu marido. O título não é acaso. É recado.
Euzinha encerra assim, abanando a bolsa e levantando a sobrancelha. Essa história não é sobre escândalo. É sobre coragem. Não é sobre choque. É sobre realidade. E se incomodou, talvez o problema não seja a notícia. Talvez seja o espelho.