Já vimos essa história com o McDonald´s, Coca-cola e Pepsi, mas aqui quem pediu a restrição da rede social foi o próprio presidente, Vladimir Putin. A guerra desleal da Rússia contra Ucrânia deixa além de feridos, marcas irreparáveis para os russos. A partir de hoje, segunda (14), mais de 80 milhões de usuários ficarão sem conexão ao mundo, de acordo com diretor Adam Mosseri.
E se você está pensando que essa história partiu da ferramenta de publicação, é aí que você se engana. Os Russos acusam a plataforma de divulgar apelos à violência contra o país, após mudança na política da rede.
Acontece que a ferramenta permitiu que os usuários defendam atos de violência contra russos no contexto bélico que os dois países se encontram. Nada mais justo, uma vez que comparar os dois países é agir sem pensar em suas histórias, mas Putin rapidamente mudou seu discurso que cerca todas as redes da Meta, como WhatsApp e Facebook.
Pode parecer estranho a defensoria de atos de violência, mas o que a Rússia tem feito? Não há maneira de dividir um do outro, pois a forma de agir correlaciona com o que é falado na plataforma.
Em um comunicado, o governo russo deu aos usuários 48 horas para transferirem suas fotos e vídeos para outras redes sociais e notificarem seus contatos e clientes. Ou seja, a restrição do uso da ferramenta afetará não só os usuários que buscam entretenimento e informação, mas os que usam a ferramenta para trabalho serão fortemente afetados.
Para mim, tudo isso deixa ainda mais evidente a guerra de egos que eleva Putin ao patamar que sempre quis. Restringir o acesso às redes é uma forma de controlar o seu povo de uma forma que não imaginávamos ver no século 21. Errou feio.
