Segura o salto, porque euzinha desembarquei em Santa Catarina direto para um projeto imobiliário que faz até Dubai repensar seus investimentos. Meu bem, o Boulevard Marina Itajaí chega com 38 mil metros quadrados de pura ostentação molhada. São 78 operações entre gastronomia, serviços premium e aquele supermercado que só vende coisas que a gente finge que consome, mas posta no Instagram como se fosse rotina. Investimento de 100 milhões de reais. É pouco ou quer mais espuma?
Instalado dentro da Marina Itajaí, o boulevard não quer ser só shopping. Quer ser lifestyle, quer ser destino, quer ser assunto na mesa do brunch. A ideia é simples e atrevida: unir quem navega, quem trabalha e quem vive por ali em um mesmo eixo de circulação. Ou seja, você sai do barco, entra no café, compra um look e volta para o iate. Tudo isso sem suar. Coisa fina.
O fenômeno faz parte da tal economia do mar, que responde por 6,39 por cento do PIB brasileiro. Santa Catarina, claro, líder absoluta da lancha para o luxo. O turista náutico, dizem os estudos, gasta até cinco vezes mais que o turista tradicional. Ou seja, dinheiro tem. E muito. Peguei até um vento de prosperidade aqui, viu.

A Marina Itajaí, inaugurada em 2016, segue como referência nacional e agora vira a sogra desse shopping. Com restaurantes internacionais, movimentação de embarcações de até 75 toneladas, posto de combustível e até heliporto, é praticamente o condomínio dos sonhos para quem acha que 2025 pede um upgrade de patrimônio.
O Boulevard aposta no tempo de permanência. Em bom português: fazer você ficar, gastar mais, viver mais experiências e fingir que não tem boleto esperando em casa. E funciona. É o polo náutico catarinense ganhando musculatura social, econômica e estética.
Itajaí consolidou o porto, o polo náutico e agora abre os braços para esse centro de consumo que vai atrair desde o turista que adora um camarão até o investidor que só bebe espumante acima de 300 reais.
Minha filha, o mar nunca esteve tão lucrativo. E tão instagramável.