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Kátia Flávia
Kátia Flávia

Morre Jimmy Cliff, o rei solar do reggae, e o mundo entra em luto

Aos 81 anos, artista jamaicano parte após convulsão e pneumonia, deixando legado monumental que atravessou oceanos e marcou o Brasil profundamente

Kátia Flávia

24/11/2025 8h49

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O músico morreu aos 81 anos. (Foto: reprodução/Instagram @jimmycliff)

O planeta amanheceu com menos cor, menos calor, menos brilho. A música perdeu um sol e nós perdemos Jimmy Cliff, o homem que transformou ondas sonoras em fé, poesia e encantamento. Aos 81 anos, o mestre jamaicano partiu após sofrer uma convulsão seguida de pneumonia, deixando uma constelação inteira de fãs à deriva.

A notícia, divulgada pela esposa, Latifa, chegou com a delicadeza de um abraço e o peso de um trovão. Em seu comunicado, ela agradeceu aos médicos, pediu privacidade e selou o adeus com uma frase que rasga o coração: “Jimmy, meu querido, descanse em paz”. Uma despedida que ecoa como um acorde que não termina nunca.

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Jimmy Cliff morreu devido a uma convulsão seguida de pneumonia. (Foto: reprodução/Instagram @jimmycliff)

Jimmy Cliff não foi apenas um artista. Ele foi um fenômeno cultural. Um farol vibrante que iluminou do Caribe ao Brasil, passando pelos palcos, pistas, trilhas sonoras, novelas e almas. Sua voz atravessou décadas guiando multidões com clássicos como “The Harder They Come”, “Many Rivers to Cross” e “You Can Get It If You Really Want”, músicas que tocam fundo como ouro líquido escorrendo nas memórias.

Mas é aqui, no Brasil, que o coração dele bateu forte. Desde os anos 1960, quando desembarcou no Rio para o Festival Internacional da Canção, Jimmy encontrou nesta terra uma segunda pele, uma segunda casa, um segundo palco. E nós o acolhemos como um príncipe do Caribe sobre o asfalto quente de Copacabana.

Ele gravou discos aqui, celebrou a Baía de Guanabara, se apaixonou pela energia da Bahia, viu sua filha nascer em Salvador, tinha um carinho folclórico pelo país e nós retribuímos com adoração. É impossível falar da história da música jamaicana no Brasil sem falar dele. Ele não era visitante; era parte da paisagem, parte da estrela, parte da lenda.

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“Para todos os seus fãs no mundo, saibam que o vosso apoio foi a força dele durante toda a sua carreira. Ele realmente apreciou cada fã pelo seu amor”, disse Latifa, esposa de Jimmy Cliff. (Foto: reprodução/Instagram @jimmycliff)

Sua partida encerra um capítulo que parecia eterno. O reggae perde um de seus pilares mais nobres. A cultura mundial perde uma de suas vozes mais bonitas. E o Brasil perde um amigo íntimo, daqueles que a gente acha que nunca vai embora.

Jimmy Cliff sai de cena como entrou: iluminando tudo. E deixa para trás não um silêncio… mas uma eternidade.

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