Meus amores, num país onde muita gente torce o nariz para livro como se fosse couve de criança, eis que o Brasil aparece no Guinness World Records não por acaso, nem por maluquice de internet, mas por literatura. Literatura grande, ousada, coletiva e com endereço certo.
Sob a batuta de Joel Jota, nasce A Máquina do Tempo – 11.520 anos de lições atemporais, o maior livro de não ficção em coautoria do planeta. São 576 autores brasileiros reunidos numa obra que simplesmente atropelou o antigo recorde mundial. Antes eram 188. Agora, meus amores, é Brasil passando por cima com elegância e página virada.
A façanha foi validada oficialmente, com carimbo, lupa e comparação internacional, pela Câmara Brasileira do Livro. Resultado. O Brasil assume a liderança mundial com um projeto que mistura autoconhecimento, literatura e impacto social. Cátia Flávia vibra, porque isso é fino.

A ideia do livro é daquelas que apertam o coração e despertam a consciência. Cada autor escreveu um conselho para si mesmo aos 20 anos. Some tudo isso e temos 11.520 anos simbólicos de aprendizado. É erro confessado, escolha revista, maturidade escancarada e transformação sem maquiagem. Livro que não posa para foto, livro que conversa.
O projeto nasce dentro do Clube do Livro, criado por Joel Jota, que reúne cerca de 5 mil leitores em mais de 30 países. Gente que lê enquanto o resto diz que não tem tempo, mas tem feed infinito.
E aí, meus queridos, entra o contraste que faz a Cátia levantar a sobrancelha. Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, mais da metade dos brasileiros, 53 por cento, se declara não leitora. Um país imenso, criativo, pulsante, que vai abandonando o livro conforme a vida passa. Criança gosta, adulto cansa, mais velho desiste. Triste, chique não é.

As consequências são graves. Menos leitura, menos interpretação, menos pensamento crítico. A UNESCO já avisou. Analfabetismo funcional não é não saber ler, é ler e não entender. E isso compromete tudo, inclusive o futuro.
Por isso Joel Jota fala com brilho no olho e pé no chão. O Guinness era um sonho pessoal, sim, mas entrar para ele com um livro é missão cumprida com causa. Ele não chama de vitória individual. Ele chama de conquista coletiva. E Cátia aplaude porque coletivo é luxo raro.
Resumo final, meus amores, com leque aberto e voz projetada.
A Máquina do Tempo entra para o Guinness como feito histórico, mas fica como provocação elegante. Um convite para o Brasil voltar a ler, pensar e se reconhecer. Porque quando a leitura vira espetáculo, até quem não gosta acaba olhando.