Amados, o debate ganhou outro peso no momento em que Janja Silva resolveu se manifestar. Até ali, a confusão girava em torno de declarações atravessadas de Zezé Di Camargo sobre o lançamento do SBT News. Bastou a primeira-dama entrar em cena para o assunto deixar o terreno da fofoca e migrar de vez para o campo político e social.
Em publicação nas redes sociais, Janja classificou como machista a fala do cantor, que usou o termo “prostituindo” ao se referir às filhas de Silvio Santos por decisões institucionais da emissora. Para ela, não se trata de opinião ou crítica política, mas de uma tentativa recorrente de desqualificar mulheres quando ocupam posições de comando.
A primeira-dama foi direta ao afirmar que esse tipo de discurso não é inofensivo. Segundo Janja, palavras assim reforçam violências simbólicas que sustentam ataques reais contra mulheres no cotidiano brasileiro. O recado foi dado sem rodeio e com endereço certo.
Janja também resgatou o legado de Silvio Santos, lembrando que o fundador do SBT sempre defendeu diversidade de pensamento e convivência democrática. Na leitura dela, o lançamento do SBT News representa justamente esse espírito. Um projeto jornalístico que se propõe a dialogar com diferentes setores da sociedade, sem submissão ideológica.
A manifestação mudou o eixo da discussão. O foco deixou de ser apenas a fala do artista e passou a ser o limite entre crítica e ofensa, especialmente quando o ataque recai sobre mulheres em posições de liderança.
Com isso, Janja não apenas reagiu. Ela reposicionou o debate, elevou o tom institucional e expôs um ponto sensível que vai além de um comentário isolado. No meio da confusão, ficou claro que, quando a primeira-dama fala, a conversa muda de patamar.
