Hollywood amanheceu com cara de velório sem flores e sem respostas. Rob Reiner, um dos diretores mais respeitados do cinema americano, foi encontrado morto ao lado da esposa, Michele Singer Reiner, dentro da casa do casal, em Brentwood, bairro nobre de Los Angeles. Sim, você leu certo. Dentro de casa. Ao lado da mulher. E nada disso faz o menor sentido.
O chamado de emergência aconteceu na tarde de domingo, dia 14. Quando a polícia chegou, encontrou os dois corpos. A partir dali, acabou qualquer possibilidade de silêncio confortável. O LAPD assumiu o caso e confirmou que a investigação corre sob a divisão de homicídios e roubos. Hollywood, aquela mesma que vive de roteiro, ficou sem palavras.
Segundo informações preliminares divulgadas por veículos americanos como TMZ e People, os corpos apresentavam ferimentos compatíveis com ataque por arma branca. A polícia, cautelosa, não divulgou detalhes da dinâmica do crime nem a causa exata das mortes. Tudo está sendo tratado como investigação em estágio inicial. Traduzindo. Ninguém sabe ainda o que aconteceu dentro daquela casa.

E aí vem a parte que deixa qualquer socialite de Beverly Hills com o coração na mão. Um dos filhos do casal foi interrogado pelas autoridades. A informação foi publicada pela revista People. O nome citado é Nick Reiner, tratado como pessoa de interesse. Atenção. Pessoa de interesse não é acusado. Não é suspeito formal. É parte de um quebra-cabeça ainda desmontado.
Em coletiva, o chefe de detetives do LAPD foi direto. Não há prisões até o momento. Nenhum suspeito apontado publicamente. Todas as hipóteses seguem em análise. O tipo de frase que, em Hollywood, significa noites longas e silêncio absoluto nos corredores.
Um porta-voz da família confirmou as mortes em comunicado oficial. O tom foi de devastação total. Pediram privacidade. Pediram respeito. Pediram tempo. Porque perder é uma coisa. Perder assim é outra.

Rob Reiner não era qualquer nome. Era Harry e Sally, Conta Comigo, Misery, A Princesa Prometida, This Is Spinal Tap. Um homem que moldou gerações de espectadores, agora transformado em manchete de tragédia policial.
A Cátia Flávia olha para isso tudo, boquiaberta, com a mão no peito e o pensamento girando.
Como assim dentro de casa.
Como assim sem respostas.
Como assim Hollywood, que sempre vende controle, agora está entregue ao improvável.
Não é só luto. É choque.
E quando nem o cinema consegue explicar a realidade, o silêncio fala mais alto do que qualquer roteiro.