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Kátia Flávia
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Ex-diretor da TV Globo esculacha a qualidade da emissora: “Deve ter alguém com 12 anos lá”

Pedro Vasconcelos afirma que a emissora não dá liberdade para os telespectadores fazerem uma análise sociológica, impondo para eles assuntos sem a concepção dos mesmos.

Kátia Flávia

18/05/2024 14h00

Pedro Vasconcelos afirma que a emissora não dá liberdade para os telespectadores fazerem uma análise sociológica, impondo para eles assuntos sem a concepção dos mesmos.

Eitaaaa, é de polêmica que vocês gostam? Então é exatamente isso que eu vou trazer para vocês. Recentemente o ex-ator e ex-diretor da TV Globo, Pedro Vasconcelos participou do podcast GeralPod, onde, sem papas na língua, esculachou a atual qualidade do entretenimento dramatúrgico da emissora.

Para ele, ao contrário de antigamente, a Globo tenta impor alguns temas aos telespectadores, não deixando que os mesmos possam fazer uma análise sociológica sobre eles. 

“Era possível trabalhar dentro de você o seu entendimento sobre o ser humano, discutir valores familiares dentro de casa”, iniciou o ex-diretor, que continuou: “É uma imposição de determinadas coisas e foi isso que quebrou as novelas, a perda desses valores e do entendimento de que a televisão é um convidado na casa das pessoas e convidado tem respeito pelo lar que está entrando… Pode ser que aquela pessoa não gostasse de determinado assunto, então era preciso ter cuidado. Hoje parece que nos portamos diferente. Chegamos [e falamos] ‘vocês vão assistir isso aqui’. Peraí, cara, não é assim, você é convidado, não o dono da casa”.

Por fim, Pedro afirma que a dramaturgia da TV Globo perdeu muito a sua qualidade e supõe que, diante da forma que a comunicação da mesma está sendo tratada, a emissora está sendo comandada por um adolecente.

“Tem autores que têm mais delicadeza, habilidade e inteligência, porque [fazer novela] é inteligência de comunicação. Por isso falei que deve ter alguém com 12 anos cuidando de estratégia de comunicação [da emissora], porque se eu quero que o assunto seja bem recebido na casa do maior número de pessoas, se eu quero que as pessoas abram o coração, a cabeça e entendam que não importa a orientação sexual, mas o amor que as pessoas sentem por aquela pessoa, interessa que eu tenha amor, carinho, compreensão e afeto por aquela pessoa, então tenho que fazer isso de forma inteligente para ser bem recebido”, finalizou o diretor de grandes projetos, como a série  “Sítio do Pica-pau Amarelo” e as novelas “Império” e “A Força do Querer”.

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