Amores, essa não é daquelas notícias que a gente lê rápido e segue a vida. Essa para tudo. Porque quando Carolina Dieckmann fala de Preta Gil, não é fama conversando com fama. É dor conversando com quem entende de dor.
Cinco meses depois da morte de Preta, Carolina resolveu abrir o coração. E não veio com frase bonita nem discurso de superação. Veio com a verdade nua, crua e pesada. “O luto é um soco todo dia”. Pronto. Acabou. Quem já perdeu alguém sentiu na hora.
Ela explicou que tem dia em que parece mais forte, consegue seguir, respirar. Em outros, é nocaute. E o pior de tudo é isso. Não passa. Não acaba. Só muda a forma de bater.
A amizade das duas sempre foi intensa, cheia de carinho, de presença real. Carolina esteve perto de Preta nos momentos mais difíceis, acompanhou o tratamento, viveu a esperança e depois encarou o silêncio que fica quando tudo acaba. Por isso a saudade não é discreta. Ela grita.
O depoimento mexeu porque não tenta ensinar ninguém a ser forte. Não vende cura. Não promete que o tempo resolve. Só constata o que muita gente sente e não sabe colocar em palavras. Todo dia dói. Todo dia falta alguém.
Euzinha toda emocionada, seguro a bolsa, respiro fundo e traduz como o povo entende:
tem ausência que não vai embora. A gente aprende a viver com ela, mesmo apanhando um pouco todo dia.
