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Histórias de crimes: por que os serviços de streaming estão investindo cada vez mais neste conteúdo?

De acordo com o especialista, histórias que causam grande comoção nacional tendem a despertar sentimentos profundos nas pessoas

Redação Jornal de Brasília

13/03/2023 7h33

Foto: Divulgação

Ao se procurar na aba de documentários de serviços de streaming como Netflix, Prime Amazon, HBO e outros, é fácil perceber a quantidade de documentários que se baseiam em histórias de crimes reais, sejam eles nacionais ou não. Filmes como “A menina que matou os pais” e “O menino que matou meus pais”, que relatam detalhes sobre o caso Richthofen, que chocou o Brasil, foram amplamente aguardados pelo público e dividiram opiniões por todo o país.

Para o especialista em direito, Gérlio Figueiredo, o aumento de produções sobre crimes reais tem a ver com a possibilidade de venda dos conteúdos. “São temas que têm repercussão, conteúdos que vendem bem mais por aterrorizar, se você vai produzir um filme sobre alguma pessoa fazendo algo de bem, poucas pessoas se interessam em assistir”, opina.

De acordo com ele, histórias que causam grande comoção nacional tendem a despertar sentimentos profundos nas pessoas e, por isso, o interesse em consumir o conteúdo sobre elas é maior. “As pessoas não são capazes de acreditar que um absurdo daqueles realmente aconteceu, não querem acreditar que  é possível uma atitude dessas e, por isso, há curiosidade de saber os detalhes e todas as circunstâncias”, detalha.

Gérlio afirma que este não é um conteúdo que deve ser consumido por todos, visto que, da mesma forma que tem a função de informar, pode acabar influenciando negativamente os espectadores em diferentes formas. “As pessoas que assistem podem ficar impressionadas, desenvolver alguns medos e também há a possibilidade de um crime influenciar a ocorrência de outro. Por isso, é necessário checar a classificação de idade e também os alertas de gatilhos sobre o que é abordado no filme”, explica.

Filmes como os do caso Richthofen causam controvérsias, pois muitas pessoas acreditam que recontar tais histórias promovem uma certa ‘fama’ ao criminoso. Porém, para Gérlio, é necessário observar as produções por um lado empresarial. “Enxergo essas produções como uma oportunidade de empreender, afinal é um conteúdo que vende”, afirma.

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