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Conheças as 15 melhores exposições de 2022, segundo jornalistas da Folha de S.Paulo

Repórteres e editores que cobriram artes plásticas em 2022 tiveram liberdade para escolher mostras de diferentes critérios

FolhaPress

25/12/2022 13h36

Foto: Reprodução

São Paulo – SP

Três jornalistas do jornal Folha de S.Paulo elencaram as cinco melhores exposições de 2022. Da Bienal de Veneza a mostras em museus de São Paulo e do Rio de Janeiro, como o Masp, o Instituto Tomie Ohtake e a Casa Roberto Marinho, as exposições abrangeram temas latentes do mundo contemporânea e deram a ver clássicos da arte mundial.

Para a elaboração das listas, a única regra foi não repetir as escolhas, na relação feita por cada jornalista.

No mais, repórteres e editores que cobriram artes plásticas em 2022 tiveram liberdade para escolher mostras de diferentes períodos, estilos e linguagens.

Silas Martí – Editor da Ilustrada

– Bienal de Veneza 2022
Com o tema “Il Latte Dei Sogni” –ou “O Leite dos Sonhos”, em português–, a tradicional mostra de arte se inspirou no surrealismo da britânica Leonora Carrington para interpretar o declínio do homem branco e o avanço tecnológico, com exposições dos brasileiros Jaider Esbell, Lenora de Barros, Rosana Paulino, Solange Pessoa e Luiz Roque.

– Judith Lauand: Desvio Concreto
Dias antes de morrer, a única mulher que integrou o grupo Ruptura ganhou, aos cem anos, uma retrospectiva no Museu de Arte de São Paulo, o Masp. A mostra abrangeu os primeiros passos da artista, ainda figurativa, até a racionalidade geométrica da arte concreta.
Até 2/4/2023. No Museu de Arte de São Paulo – av. Paulista, 1578, São Paulo. R$ 50

– Calder + Miró
Mostra na Casa Roberto Marinho, no Rio de Janeiro, celebrou a amizade entre os artistas, promovendo diálogos entre as pinturas do espanhol Joan Miró e os móbiles do americano Alexander Calder.

– Aberto 01 e Diálogo Bardi Bill
As duas mostras promoveram diálogos entre artes plásticas e arquitetura. A primeira trouxe obras de Picasso, Renoir, Chagall, Klimt e Giacometti para a única residência projetada, em São Paulo, por Oscar Niemeyer. Já a segunda, aproximou as poltronas de Lina Bo Bardi com a ‘matemática não fria’ de Max Bill.

– Ana Maria Maiolino: PSSSIIIUUU…
Com cerca de 300 trabalhos, o Instituto Tomie Ohtake fez uma grande retrospectiva da carreira da artista plástica, ressaltando a combatividade no período da ditadura militar e também alguns aspectos biográficos, como o nascimento na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial, e a chegada ao Brasil.

Gustavo Zeitel – Repórter da Ilustrada

– O Rinoceronte: Cinco Séculos de Gravuras do Museu Albertina
O Instituto Tomie Ohtake expôs raridades do acervo da instituição vienense, exibindo obras de Pablo Picasso, Edvard Munch e Egon Schiele. A exposição contou a história da arte ocidental, ressaltando as diferentes técnicas de gravura ao longo do tempo.

– Pelas Ruas: Vida Moderna e Experiências Urbanas na Arte dos Estados Unidos, 1893-1976
Exposição na Pinacoteca recebeu telas de Andy Warhol e Edward Hopper, que documentaram a modernidade urbana nos Estados Unidos.
O Verão de 1945 na Itália: A Viagem de Lina Bo nas Fotografias de Federico Patellani
Exposição no Instituto Italiano de Cultura iluminou período pouco conhecido da biografia da arquiteta Lina Bo Bardi –uma viagem pela Itália no primeiro verão depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Bo Bardi desbravou o país na companhia do também arquiteto Carlo Pagani e do fotógrafo Federico Patellani, responsável por documentar a expedição.

– Liuba: Corpo Indomável
Duzentas esculturas da artista búlgara foram expostas no Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia, o MuBE. Pelas obras, acompanhamos o fascínio de Liuba pelo Brasil, onde morou boa parte da vida, e pelos pássaros, que ganharam peças escultóricas.

– Descer da Nuvem
Mostra da carioca Leila Danziger no Museu Judaico exibiu a coerência da artista em seu trabalho, transitando entre colagem e livros de poesia, sempre em elogio ao fragmento, próprio da experiência moderna.
Até 29/1/2023. No Museu Judaico de São Paulo – r. Martinho Prado, 128, São Paulo. R$ 20

João Perassolo – Repórter da Ilustrada

– Cartografia de Mundos Inexistentes
No Museu de Arte Contemporânea, o MAC-USP, o recifense Manoel Veiga expôs uma panorâmica de sua carreira, que inclui pinturas em grandes dimensões –como se fossem aquarelas, com rastros de tinta pela tela– e sua série sobre Caravaggio, na qual “apagou” das telas do mestre renascentista tudo o que não fosse tecido ou pano.

– Cinthia Marcelle: Por Via das Dúvidas
A reunião de 49 obras da artista mineira no Masp, que representou o Brasil na Bienal de Veneza de 2017, criticou o racismo da sociedade brasileira, usando tons de pele em suas obras. Marcelle se vale de cores e formas –e não de palavras ou slogans fáceis– para tratar sobre raça.

– Orgânico Sintético e Zalszupin 100 anos
Três mostras em diferentes espaços da cidade ao mesmo tempo celebraram o centenário de nascimento de um dos maiores nomes do design brasileiro, reunindo suas poltronas, sofás e mesas e também sua numerosa linha de utensílios de plástico.

– Daido Moriyama: Uma Retrospectiva
Exposição do Instituto Moreira Salles mostrou como o fotógrafo japonês virou o mestre das imagens tremidas e desfocadas, retratando a transformação do Japão no Pós-Guerra.

– Paisagem Construída: São Paulo e Burle Marx
A exposição no Centro Cultural Fiesp traz uma série de projetos não realizados ou executados parcialmente de Burle Marx para São Paulo. Se as ideias de um dos mais importantes paisagistas do século 20 tivessem saído do papel, a capital seria uma cidade bem mais verde.

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