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Viva o samba! Brasília recebe shows de duas grandes gerações do estilo

A musa Alcione e o carioca Diogo Nogueira dividem a noite em evento hoje na capital. JBr conversou com os sambistas, que falaram sobre suas trajetórias e projetos

Thaty Nardelli

25/08/2023 13h32

Foto: Divulgação

O samba de Alcione é marcado por sua autenticidade, expressividade e paixão. Marrom, como também é conhecida, conseguiu conquistar um público amplo, tanto no Brasil quanto internacionalmente, e sua carreira é um testemunho duradouro do poder e da influência do samba na música brasileira. Hoje (25), ela se apresenta no Na Praia Festival 2023 e divide a noite com um dos principais representantes do samba contemporâneo e vencedor de dois Grammys Latino, Diogo Nogueira.

Com 51 anos de carreira, Alcione reúne grandes momentos que marcaram trajetória. “Tá mais para uma série, com inúmeras temporadas. Mas, felizmente, os momentos bons superaram, e muito, os menos alegres. E estou vivendo, mais uma vez, uma fase de muitas alegrias”, conta Marrom, em entrevista ao JBr, sobre todos esses anos.

Conhecida por sua poderosa voz e interpretações emocionantes, que ajudaram a consolidar o samba como um dos gêneros musicais mais populares do Brasil, Alcione lançou inúmeros álbuns e colecionou uma série de sucessos. A musa promete não deixar de fora seus principais hits no show que fará para os brasilienses.

“É uma carreira longeva e, graças a Deus, consegui emplacar muitas músicas durante essa minha trajetória. Músicas como ‘Não deixe o samba morrer’, ‘A Loba’, ‘Nem morta’ e ‘Estranha loucura’ são algumas das quais o público não abre mão”, revela. “E eu não posso tirá-las do repertório porque os fãs é que mandam”, frisa Marrom.

No próximo ano, Alcione terá mais um grande momento que fará parte da “série” de sua vida. Declaradamente mangueirense de coração, sua vida será tema do desfile de Carnaval da Estação Primeira de Mangueira, no Rio de Janeiro. “As minhas expectativas sobre os desfiles da Mangueira são sempre as melhores. Quanto à homenagem, sinceramente, a ficha ainda não caiu”, conta, emocionada, a sambista. “Nem em meus melhores sonhos visualizaria isso. E, claro, estou muitíssimo feliz e honrada com tamanha homenagem”, completa.

Com 42 discos e um Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode, em 2003, Alcione já apadrinhou diversos talentos do samba, como o próprio Diogo Nogueira, com quem já dividiu o palco muitas vezes. Durante a entrevista, ela não deixou de citar aquele que a ajudou e a fez lançar seu primeiro álbum, A Voz do Samba (1975), e que também impulsionou sua carreira: o ícone da música brasileira Jair Rodrigues, que faleceu em 2014. “Muita gente me ajudou no começo, mas sem dúvidas, Jair Rodrigues, que me encaminhou à gravadora pela qual lancei meu primeiro disco, é um dos grandes responsáveis pelo meu legado na música”, relembra.

Talento de pai para filho

Diogo Nogueira é um dos maiores nomes da música brasileira da atualidade. Filho do lendário João Nogueira, ele traz em suas raízes o samba, a música pulsante, popular e alegre. “Minha formação musical teve muita influência do meu pai, especialmente em relação ao samba. Mas eu gosto de trazer no meu repertório outros gêneros musicais que eu curto e que fazem parte do cancioneiro popular brasileiro”, revela o cantor.

“Desde o início da minha carreira procuro fazer o meu trabalho com respeito e reverência ao samba e meus antepassados. É uma história muito bonita, de luta mesmo. O samba passou por muitos momentos difíceis, onde existia um forte preconceito, e por isso é importante manter vivo e forte esse legado que meu pai e todos os sambistas deixaram para nós e isso para mim é uma missão”, detalha Diogo.

O cantor, que apresenta o show Turnê 2023, no qual, além de novas leituras para os sucessos de sua carreira, como “Pé na Areia”, “Alma Boêmia”, “Clareou” e “Sou Eu”, traz o samba de roda da Bahia para o palco, além de sucessos do cancioneiro popular brasileiro. Indo de Arlindo Cruz a Chico Buarque, de Zeca Pagodinho a Tim Maia, tudo começa e acaba em samba.

“O novo show está muito legal, com bastante novidade, músicas que nunca cantei, além de sucessos da carreira. Também trago uma super banda com 11 músicos, além da volta da dança nos meus shows, com a participação da companhia de dança do Leandro Azevedo. Vamos nos divertir muito, sem dúvidas”, avisa o sambista.

Para deixar um gostinho de quero mais, o cantor revela com exclusividade para os fãs da capital que vem novidade em breve. “O que eu posso adiantar é para se prepararem que em outubro vem coisa boa por aí”, conta ele.

Na Praia
Alcione e Diogo Nogueira

Data: sexta, 25 de agosto
Local: Na Praia Parque (Setor de Clubes Sul, trecho 2, entre a Agepol e o Centrejufe)
Ingressos: Pelo app/site R2 com.vc ou pelo site napraia.com.vc
Saiba mais: @napraiafestival

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