A Escola Carnavalesca nasce para ser um espaço de fortalecimento da cultura do carnaval do Distrito Federal como tema de política pública. A experiência nos tem mostrado: Brasília precisa de seu próprio Carnaval.
Um Carnaval que realize a profecia de Glauber Rocha: “Brasília é a nossa Eldorado. É a possibilidade que os brasileiros tinham de criar eles mesmos alguma coisa.”, ou seja, um Carnaval que dê vazão ao nosso sincretismo cultural.
Um Carnaval em que o país se sinta representado, de norte a sul. Das escolas de samba, aos blocos de Olinda. Da tradição dos bate-bolas aos blocos do centro de São Paulo. Da folia do Amazonas aos Pampas. Precisamos de nossas próprias fanfarras e baterias. Precisamos pensar a curto, médio e longo prazo.
Para Felipe Velloso, diretor da Escola Carnavalesca, o projeto é um “ativo simbólico fundamental para um movimento carnavalesco que vem crescendo, é a oportunidade de pensar o carnaval com quem já faz ao longo de muitos anos”. A intenção, então, é fornecer subsídios e ferramentas para fortalecer esses agentes que incidem territorialmente, potencializando a capacidade de mobilização e construção de projetos culturais, desenvolvendo habilidades para planejamento das atividades carnavalescas e para captação e mobilização de recursos.
A partir da identificação de que o carnaval movimenta segmentos importantes da economia produtiva, a ideia é fomentá-lo o ano todo com atividades formativas permanentes, seminários, cursos, ensaios e outras idealizações culturais. Em uma das estratégias, um palco itinerante vai percorrer as Regiões Administrativas para estimular a troca de experiências entre espaços carnavalescos e a levar a cultura do carnaval para a população.
A Escola se insere na dinâmica da construção dos últimos anos da Plataforma “Setor Carnavalesco Sul”, que abrange a criação de vínculos, acolhimento e acompanhamento com pessoas em situação de vulnerabilidade; a realização de festejos (sendo o Carnaval o maior deles); a produção de palestras; a captação de recursos e a criação de pactos pela transformação de um território que almejamos lograr como a Cidade Sentimental. Neste sentido, a criação de uma dinâmica carnavalesca local surge como equipamento de mitigação à gentrificação.
Este projeto será lançado com programação durante cinco dias, de 31.05 a 05.06. A Escola Carnavalesca é realizada pelo Instituto Cultural e Social No Setor, tem apoio da Administração Regional do Plano Piloto e fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF.
Programação de lançamento:
- No Setor Convida sobre “O Carnaval como Linguagem”
31/05/2022 – Terça-feira
19h30
Transmissão ao vivo pelo Youtube do No Setor
> Luiza Martins Costa – Baque Mulher
> Ian Viana de Souza Rocha – Setor Carnavalesco Sul
> Pablo Feitosa – Suvaco da Asa
> Mediação: Bruna Sensêve (Escola Carnavalesca)
- No Setor Convida sobre “O Carnaval como instrumento de ocupação dos Espaços Públicos e da garantia do Direito à Cidade”
01/06/2022 – Quarta-feira
19h30
Transmissão ao vivo pelo Youtube do No Setor
> Silmara Vieira da Silva – BrCidades
> Mãe Baiana de Oyá – Líder dos povos e comunidades tradicionais de matrizes africanas e afro-brasileiras
> Tico Magalhães – Orquestra Alada Trovão da Mata
> Mediação: Nathalia de Mello Faria (Escola Carnavalesca)
- No Setor Convida sobre “Carnaval sem assédio, racismo e homofobia”
02/06/2022 – Quinta-feira
19h30
Transmissão ao vivo pelo Youtube do No Setor
> Letícia Helena – Folia com Respeito
> Ruth Venceremos – Distrito Drag
> Mary Gambiarra – Distrito Drag
> Luciana Lobato – Conspiração Libertina
> Mediação: Lara Oberdá (Escola Carnavalesca)
- Solenidade de lançamento da Escola Carnavalesca
03/06/2022 – Sexta-feira
19h
Instituto Cultural e Social No Setor (SCS, qd 05, Bloco C, Edifício José Haje, sobreloja)
> Presença de autoridades que apoiam e fomentam o projeto
> Atração cultural: Roda de Batuqueiros Amadores
- Atividades formativas
04/06/2022 – Sábado
9h às 17h
Instituto Cultural e Social No Setor (SCS, qd 05, Bloco C, Edifício José Haje, sobreloja)
> Apresentação do diagnóstico de carnaval “Brasília Cidade Sentimental”, workshop com agentes carnavalescos e construção da linha política sobre a manifestação cultural.
17h30
Praça Marielle Franco (SCS, qd 01)
> Roda de Conversa: O papel do Estado no Fortalecimento e Difusão do Carnaval de Rua.
- Feira Carnavalesca No Setor
05/06/2022 – Domingo
10h às 17h
Galeria dos Estados
> Rodas de conversa e debates sobre o carnaval de 2023
> Oficinas e brincadeiras carnavalescas
> Fanfarras e maracatus
> e muito mais!!!
Serviço:
Lançamento da Escola Carnavalesca
> De 31.05 a 05.06
> Em vários espaços do Setor Comercial Sul
> Entrada gratuita
> Classificação indicativa livre