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Choro no Eixão do Lazer 

Na área verde da quadra 207 Norte, o Choro no Eixo reuniu os brasilienses para uma gravação de um audiovisual do Samba Urgent

Amanda Karolyne

16/06/2024 17h55

Foto: Amanda Karolyne/Jornal de Brasília

Domingo é dia do Brasiliense entender a canga na área verde do Eixão Norte e curtir variados estilos musicais e comida boa. E nesse último domingo (16), os presentes puderam assistir uma edição especial do Choro no Eixo. O evento contou com a participação do Samba Urgente, para uma gravação audiovisual. No próximo domingo (23), o Choro no Eixo terá uma programação junina, com o grupo Forró Cobogó. 

A estudante Isabele Ayumi decidiu comemorar o aniversário de 16 anos com as amigas no Choro no Eixo. “A gente queria um lugar legal e diferente, e então viemos aqui”. Na semana anterior, a amiga dela, Pietra Barros, 16 anos, tinha ido pela primeira vez ao evento e resolveu chamar as amigas. “E eu aproveitei para trazer um bolinho e comemorar o meu aniversário”. 

A aniversariante Isabele Ayumi, e as amigas Pietra Barros, Luna Bandeira, Nathalia Jordão e Maria Cecília Neri no Choro no Eixo. – Foto: Amanda Karolyne/Jornal de Brasília

O grupo de amigas gosta de chorinho, e naturalmente, foi um programa diferente, mas muito bem-vindo para elas. “E é bom para trazer os amigos, a família, confraternizar e conhecer novos lugares, conhecer os food trucks que tem espalhadas no ambiente”, comentou Maria Cecília Neri, estudante, 16 anos, amiga de Isabele.  “Eu estou me sentindo super Brasiliense”, finalizou. 

A arquiteta Maria Otilia Viana, 55 anos, considera o Choro no Eixo, parte de sua história de vida, e ela sempre está presente quando pode. Para ela, desde a pandemia, o Choro no Eixo significou uma apropriação do espaço público de Brasília. “É como se a gente tivesse uma praia em Brasília. E eu sou daqui, então isso pra mim é muito importante”. 

Maria sempre vem com a família, amigos ou até mesmo sozinha. “Me sinto em casa aqui”. A arquiteta gosta bastante da diversidade de cultura que o projeto do Choro no Eixo proporciona para as pessoas de todas as idades. 

Maria Otilia Viana – Foto: Amanda Karolyne/Jornal de Brasília

O Eixão do Lazer também é como se fosse uma praia, para as empresárias Débora Raiter e Ana Elisa Alencar. Elas são donas de um dos stands da área gastronômica do Choro no Eixo, projeto que participa há um ano e meio. “Nós já trabalhávamos com a carne de hambúrguer artesanal, que a gente fornece para algumas hamburguerias em Brasília”, comentou Ana.

O movimento do Choro no Eixo é sempre grande, como Débora aponta, e para ela, é muito bom poder ter a oportunidade de estar ali conhecendo gente nova, em contato com a cultura da cidade. “A gente trabalha e se diverte, porque a música é boa, o povo é bonito, é educado, e um espaço muito eclético”. E ela aponta que é uma movimentação que gera emprego e renda. “O Eixão veio para somar. O que faltava, era essa praia de Brasília”. 

Inovação do projeto cultural a cada edição 

Gilson Mendes Magalhães, produtor do projeto Choro no Eixo, considera que o evento de domingo (16), foi uma edição especial do Choro. “A gente está sempre procurando fazer alguma coisa especial”. Ele lembra, que na semana anterior, no dia 9, o projeto foi realizado no Parque da Cidade. “E agora, a gente fez essa gravação do audiovisual do Samba Urgente”.

A gravação pode ser conferida no canal do Youtube, Choro no Eixo, e no canal do Samburgente. 

Valerinho Xavier, do Samba Urgente,  ficou bem feliz de participar do projeto, e de poder mostrar um pouco do trabalho do grupo, para quem frequenta o espaço. “A gente tem várias manifestações culturais em toda a via do eixão, para afirmar que Brasília é uma cidade-parque. É importante que a gente utilize todos os espaços públicos para proporcionar música e arte”.  

Márcio Marinho, cavaquinista do Choro no Eixo, afirma que a missão desta iniciativa, é trazer a cultura raiz para a população. “O Choro está na base de todos os gêneros musicais brasileiros e muita gente não sabe disso”.

Além de querer fazer com que as pessoas se apaixonem por esse gênero musical que agora é patrimônio cultural imaterial do Brasil, Márcio também acredita que o Choro une outros músicos e pessoas de outros lugares e proporciona o encontro de todos. “Eu vi uma pessoa falando que veio do Maranhão para cá, e o namorado dela mora aqui em Brasília e não conhecia o projeto. Ela teve que vir e mostrar para ele o Choro no Eixo”. O músico considera que esse é um exemplo de ocupação de espaço público. “Brasília é uma cidade-parque, não é apenas cidade-museu, e tem muito espaço verde para a gente ocupar”. 

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