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Carnaval volta a brilhar no Rio de Janeiro

Depois de dois anos seguidos sem as grandes festas carnavalescas, os desfiles prometem muita emoção e muito brilho

Redação Jornal de Brasília

22/04/2022 13h07

Depois de dois anos seguidos sem as grandes festas carnavalescas, os desfiles prometem muita emoção e muito brilho

Foto/Reprodução

O som dos tamborins vai voltar a retumbar, nesta sexta-feira (22), no Rio de Janeiro, com o primeiro carnaval desde a pandemia que promete desfiles carregados de emoção e brilho, assim como de um espírito de resistência. 

O emblemático Sambódromo, transformado em centro de vacinação durante a crise sanitária, verá desfilar novamente a partir das 22h00 os carros alegóricos e os milhares de componentes com plumas e lantejoulas que poderão finalmente revelar os suntuosos espetáculos imaginados inicialmente para 2021. 

“Quero que chegue logo, demorou demais, a vida é alegria, não tristeza”, resumiu durante um recente ensaio Maria Cristina Silva, integrante da tradicional escola de samba Portela. 

Mais de 660.000 pessoas faleceram de covid no Brasil, um número apenas superado pelos Estados Unidos.

Agora, com mais de 75% da população vacinada com duas doses e depois de ter atrasado em 2 meses o desfile de 2022 pela variante ômicron, o Brasil vai curar sua saudade de carnaval com 12 desfiles entre esta sexta-feira (22) e o sábado (23).

“O maior espetáculo da Terra voltou: Haverá carnaval!”, exclamou, na quarta-feira (20), o prefeito do Rio, Eduardo Paes, ao entregar, como é costume, as chaves da cidade ao Rei Momo, uma excêntrica figura que reina durante os festejos. 

Cerca de 75.000 pessoas vão assistir ao espetáculo em cada uma das noites, mediante comprovante de vacinação. 

Resistência 

As 12 escolas de samba contarão cada uma uma história, que será rigorosamente avaliada por um júri em categorias como fantasia, bateria, alegorias e adereços, samba-enredo e evolução do desfile. 

Este ano, a maioria das escolas vai cantar sambas sobre temas afro. 

Na primeira noite vão desfilar escolas tradicionais como o Salgueiro, cujo enredo “Resistência” é inspirado nos protestos anti-racistas ocorridos após a morte do americano George Floyd e a Mangueira, que faz uma homenagem aos ícones negros de sua comunidade. 

A Viradouro, vencedora do último desfile, vai voltar ao carnaval de 1919, quando ainda não existiam as escolas de samba, para relembrar a época em que os cariocas lotaram as ruas para celebrar o fim da chamada gripe espanhola. 

O segundo dia receberá outras agremiações com temática afro, como a Portela, inspirada nas “sementes” da cultura africana no Brasil e também a Grande Rio e a Mocidade, que homenageiam as divindades de origem africana Exu e Oxossi.  

Cada escola tem entre 60 e 70 minutos para percorrer a avenida da Marques de Sapucaí – de 700 metros de largura -, com entre 3.000 e 4.000 componentes e até seis carros alegóricos. 

A segurança, cujas falhas provocaram vários acidentes no passado, também terá grande atenção, depois que uma menina de 11 anos perdeu uma perna na quinta-feira (21) ao ser esmagada por um dos carros alegóricos na saída do sambódromo. 

Agence France-Presse

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