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Brasília sedia primeiro Congresso Autismos em Foco

Lançamento da pesquisa Mapa Autismo Brasil é um dos pontos altos da programação

Redação Jornal de Brasília

17/07/2023 16h41

Atualizada 18/07/2023 18h14

Foto: Divulgação

Nos dias 21, 22 e 23 de julho, Brasília receberá o primeiro Congresso Autismos em Foco. O evento acontecerá na sede no IDP, na Asa Sul, e tem como objetivo apresentar informações de qualidade e atualizadas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) para a sociedade, bem como realizar o lançamento do Mapa Autismo Brasil, pesquisa que vai levantar dados sobre a população com autismo no Distrito Federal.

Conhecido como autismo, o TEA e? um Transtorno do Neurodesenvolvimento (APA, 2014) associado a de?ficits e excessos sensoriais, comportamentais e cognitivos. No Brasil, contudo, estudos e publicações sobre o tema são pouco numerosos, o que gera dificuldade na hora de apresentar dados e informações precisas e atualizadas sobre o assunto.

Pensando nisso, os temas abordados nos painéis serão diversos, e abordarão questões de saúde, educação, relações interpessoais e inclusão, direcionados para famílias, pessoas autistas, profissionais de saúde e educação e pessoas que têm interesse em conhecer mais sobre o assunto, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva.

Realizado pelo Instituto Steinkopf, instituição de pesquisa, atendimentos clínicos, formação e inovação social com foco no desenvolvimento dos potenciais das pessoas diagnosticadas com TEA e suas famílias, o evento conta com apoio do IDP, Aqualife, Hub Connect eventos, Cris César equoterapia, Neurodesenvolvendo, Four Med, Nunature , Dra Bianca Mazete e Tato Comunicação.

Mapa Autismo Brasil

O lançamento do Mapa Autismo Brasil (MAB) será um marco para balizar as políticas públicas e privadas com base em dados concretos sobre a população com TEA no Distrito Federal, e acontecerá no dia 22. A capital foi a localidade escolhida para ser realizado o piloto da pesquisa, que depois se ampliará para todo o Brasil. Será o primeiro levantamento de dados sociodemográficos não governamental no qual o principal objetivo é realizar um levantamento do perfil e características sociodemográficas das pessoas diagnosticadas com autismo no país.

Citando Edwards Deming, Ana Carolina Steinkopf, fundadora do instituto, afirma que a realidade da comunidade autista no Brasil é a falta de dados e informações. “‘Sem dados você é mais uma pessoa com opinião’. Entendendo a necessidade de dados e sabendo que eles afetam diretamente a definição de ações, foi que o Instituto Steinkopf elaborou o projeto MAB”, pontuou a titular.

Mais sobre o TEA

Pessoas com TEA convivem com prejui?zos no funcionamento interpessoal, comunicativo, acade?mico e social, ao longo de todo o desenvolvimento humano. De acordo com os manuais diagnósticos atuais (CID 11 e DSM- V), as dificuldades das pessoas autistas podem ser compreendidas dentro de três pilares: (1) interac?a?o social, (2) comunicac?a?o e (3) padro?es repetitivos e restritos de comportamento.

O Transtorno se apresenta em níveis diversos de gravidade, variando de uma condição em que a pessoa necessita de pouco ou muito suporte nas atividades cotidianas. O comprometimento na linguagem e na comunicação, na interação e participação social e na regulação emocional e comportamental é um quesito a ser considerado na classificação da gravidade de apresentação do transtorno. Todos os aspectos citados para a classificação do TEA são trabalhados no projeto Uma Sinfonia Diferente visando desenvolver os potenciais das pessoas autistas.

No Brasil, estudos e publicações sobre o autismo são pouco numerosos. Os dados demogra?ficos sobre autistas no Brasil estão desatualizados e não condizem com a realidade. Tal cenário, como pontuam os organizadores do evento, implica na falta de estruturas de atendimento, dificuldade em realizar planejamentos efetivos para o diagnóstico, acolhimento, produtos e serviços especializados para pessoas autistas.

O Mapa Autismo Brasil, desta forma, é um projeto de impacto que visa desenvolver pesquisas sociodemográficas e análises sobre o autismo em Brasília/Distrito Federal e posteriormente no Brasil, tentando minimizar as barreiras que a falta de informações ocasiona. A divulgação desses dados irá auxiliar no desenvolvimento de ações mais assertivas, políticas públicas e inclusão escolar.

Centros especializados

Para obter o diagnóstico do transtorno, o primeiro passo é ir à unidade básica de saúde (UBS) de referência. Após isso, a equipe de regulação vai direcionar o paciente a um dos centros que mais se adequem ao perfil.

Confira, abaixo, as demais unidades do Centro Especializado em Reabilitação no DF:

? Hospital de Apoio de Brasília – AENW 3, Lote A, Noroeste; telefone: 2017.1145
? CER II – AE 16, Taguatinga; telefone 2017.1145, ramal 4270
? Centro Educacional da Audição e Linguagem Ludovico Pavoni – SGAN 909, Lote C, Asa Norte; telefone 3349.9944
? Centro de Orientação Médico-psicopedagógica – Setor Hospitalar Norte, ao lado do Hemocentro; telefone 2017.1992.

Congresso

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