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Especial Oscar 2022: 94ª edição carrega marcos e mudanças

Desta vez, oito das 23 categorias serão pré-gravadas uma hora antes da transmissão do evento ao-vivo. A revelação dos vencedores acontecerá no próprio Dolby Theatre e a gravação será transmitida depois

Redação Jornal de Brasília

27/03/2022 10h44

Stefani Reynolds|AFP

Evellyn Luchetta e Valentina Lisboa
Agência de Notícias do CEUB/ Jornal de Brasília

O Oscar (The Oscars, em inglês) será realizado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas neste domingo, (27). Apresentada por Regina Hall, Amy Schumer e Wanda Sykes, a 94ª cerimônia acontece no Teatro Dolby (Dolby Theater) em Los Angeles. O evento é classificado como uma das maiores premiações do cinema e trilha, desde o início, uma história marcante, com mudanças consideráveis em sua realização este ano.

Desta vez, oito das 23 categorias serão pré-gravadas uma hora antes da transmissão do evento ao-vivo. A revelação dos vencedores acontecerá no próprio Dolby Theatre e a gravação será transmitida depois. A medida foi tomada depois que o evento alcançou o patamar mais baixo de audiência em 2021. Em 2022, portanto, as categorias de melhor curta documentário, melhor montagem, cabelo e maquiagem, trilha original, melhor direção de arte, curta animado, curta live-action e melhor som estão fora do ao-vivo. 

Foto|Reprodução

Além das retiradas, este ano, uma nova categoria foi criada. Na intenção de aumentar a interação e o interesse do público, a categoria popular “Oscar Fan Favorite” foi votada pelo Twitter até o dia 3 deste mês. Para deixar seu voto, bastava tuitar o nome do filme seguido das hashtags #OscarsFanFavorite e #Sweepstakes. Os vencedores, no entanto, não recebem uma estatueta. Eles são creditados com uma menção na hora da cerimônia.

A premiação de 2022 não traz novidades apenas nas categorias. De forma histórica, o Oscar será apresentado por três mulheres pela primeira vez. Regina Hall, Amy Schumer e Wanda Sykes têm um pé comum na comédia e foram recebidas com entusiasmo pelo público, que espera se divertir bastante com a condução das nomeadas.  

Foto|Reprodução

Schumer é bastante conhecida pela série de comédia “Inside Amy Schumer” (2013), que ganhou um Emmy. Hall também é famosa por produções de comédia, como “Support Girl” (2018) e seu trabalho mais memorável como Brenda Meeks, em “Todo mundo em Pânico”. Sykes também é comediante e bastante lembrada por papéis em “The Chris Rock Show” (1999) e “The New Adventures of Old Christine” (2006).

As mulheres não saem na frente somente na apresentação, a fotógrafa Ari Wegner é a segunda mulher na história a concorrer na categoria de Melhor Fotografia por “Ataque aos cães”, um dos filmes favoritos, com doze indicações, seguidos por “Duna”, concorrendo a dez categorias, “Belfast” e “ Amor sublime amor”, com sete indicações cada.

Quem decide quem ganha e quem perde?

Foto|AFP

A estatueta do Oscar é um dos objetos mais desejados pelos artistas de Hollywood. A decisão dos vencedores é determinada por membros da Academia, que precisam de um convite. Este é feito para jornalistas especializados, pessoas da área do cinema que tenham a indicação de, no mínimo, dois membros da Academia e que sejam da sua mesma área de atuação, premiados em edições passadas. 

A escolha dos membros que compõem a academia é um ponto de crítica para quem deseja uma mudança na realização da premiação e mais inclusão nos critérios de escolha. Para o professor de cinema, Pablo Gonçalo, a coisa toda é muito focada em Hollywood. “A academia e os votantes dela tem relação direta com Hollywood. Existem uma série de colocações em relação a isso, é um um contexto muito dentro de Los Angeles, para Los Angeles. Isso nunca mudou”, dispara. 

Atualmente, são 8.500 pessoas que possuem direito de voto, sendo necessário conhecimento técnico para análise das categorias indicadas. É válido lembrar que apenas duas categorias são abertas à todos, “Melhor filme” e “Melhor filme estrangeiro”.

E os brasileiros?

Com nenhuma estatueta na estante, mas com muitos ‘quase lá’, brasileiros também farão parte desse Oscar e o país pode, mais uma vez, vibrar pela esperança de uma vitória. “Onde eu Moro”, do diretor carioca Pedro Kos ao lado do americano Jon Shek, foi indicado na categoria documentário em curta-metragem. O trabalho retrata, em 40 minutos, três anos da vida de pessoas em situação de rua nos Estados Unidos.  O documentário, que pode ser encontrado na Netflix, concorre com “Audible”, “The queen of basketball”, “Três canções para Benazir” e “When we were bullies” pela estatueta. 

Confira a lista completa de indicações e observações de nossa equipe sobre a maior parte dos filmes (clique sobre os títulos dos filmes)

Melhor filme

– “Amor, sublime amor”
– “Ataque dos cães”
– “Belfast”

– “Drive my car”

– “Duna”
– “King Richard: criando campeãs”
– “Licorice Pizza”
– “Não olhe para cima”
– “No ritmo do coração”
– “O beco do pesadelo”

Melhor direção 

– Kenneth Branagh – “Belfast” 

– Ryusuke Hamaguchi – “Drive my car” 

– Jane Campion – “Ataque dos cães” 

– Steven Spielberg – “Amor, sublime amor” 

– Paul Thomas Anderson – “Licorice Pizza” 

Melhor atriz 

– Jessica Chastain – “Os olhos de Tammy Faye” 

– Olivia Colman – “A filha perdida” 
– Penélope Cruz – “Mães paralelas” 
– Nicole Kidman – “Apresentando os Ricardos” 
Kristen Stewart – “Spencer” 

Melhor ator 

– Javier Bardem – “Apresentando os Ricardos” 

– Benedict Cumberbatch – “Ataque dos cães” 

– Andrew Garfield – “Tick, tick… Boom!” 

– Will Smith – “King Richard: criando campeãs” 

– Denzel Washington – “A tragédia de Macbeth” 

Melhor atriz coadjuvante 

– Jessie Buckley – “A filha perdida” 

– Ariana DeBose – “Amor, sublime amor” 

– Judi Dench – “Belfast” 

– Kirsten Dunst – “Ataque dos cães” 

– Aunjanue Ellis – “King Richard: criando campeãs” 

Melhor ator coadjuvante 

– Ciarán Hinds – “Belfast” 

– Troy Kotsur – “No ritmo do coração” 

– Jesse Plemons – “Ataque dos cães” 

– J.K. Simmons – “Apresentando os Ricardos” 

– Kodi Smit-McPhee – “Ataque dos cães” 

Melhor filme internacional 

– “Drive my car” – Japão 

– “Flee” – Dinamarca 
– “A Mão de Deus” – Itália 
– “A Felicidade das Pequenas Coisas” – Butão 
– “A Pior Pessoa do Mundo” – Noruega 

Melhor roteiro adaptado 

– “No ritmo do coração” 

– “Drive my car” 

– “Duna” 

– “A filha perdida” 

– “Ataque dos cães” 

Melhor roteiro original 

– “Belfast” 

– “Não olhe para cima” 

– “King Richard: criando campeãs” 

– “Licorice pizza” 

– “A pior pessoa do mundo” 

Melhor trilha sonora 

– “Não olhe para cima” 

– “Duna” 

– “Encanto” 

– “Mães paralelas” 

– “Ataque dos cães” 

Melhor animação 

– “Encanto” 

– “Flee” 

– “Luca” 
– “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” 
– “Raya e o último dragão” 

Melhor curta de animação 

– “Affairs of the art” 

– “Bestia” 

– “Boxballet” 

– “A Sabiá Sabiazinha” 

– “The windshield wiper” 

Melhor curta-metragem em live action 

– “Ala kachuu – Take and run” 

– “The long goodbye” 

– “The dress” 

– “On my mind” 

– “Please hold” 

Melhor documentário 

– “Ascension” 

– “Attica” 

– “Flee” 

– “Summer of Soul (…ou Quando A Revolução Não Pôde Ser Televisionada)” 

– “Writing with fire” 

Melhor documentário de curta-metragem 

– “Audible” 

– “The queen of basketball” 

– “Onde eu moro” 
– “Três canções para Benazir” 

– “When we were bullies” 

Melhor som 

– “Belfast” 

– “Duna” 

– “Sem tempo para morrer” 

– “Ataque dos cães” 

– “Amor, sublime amor” 

Melhor figurino 

– “Cruella” 

– “Cyrano” 

– “Duna” 

– “O beco do pesadelo” 

– “Amor, sublime amor” 

Canção original 

– “Be Alive” – “King Richard: criando campeãs” 

– “Dos Oruguitas” – “Encanto” 

– “Down To Joy” – “Belfast” 

– “No time to die” – “Sem tempo para morrer” 

– “Somehow you do” -“Four good days” 

Maquiagem e cabelo 

– “Um Príncipe em Nova York 2” 

– “Cruella” 

– “Duna” 

– “Os olhos de Tammy Faye” 

– “Casa Gucci” 

Efeitos visuais 

– “Duna” 

– “Free guy” 

– “Sem tempo para morrer” 

– “Shang-Chi e a lenda dos dez anéis” 

– “Homem-Aranha: Sem volta para casa” 

Melhor fotografia 

– “Duna” 

– “Ataque dos cães” 

– “Beco do pesadelo” 

– “A tragédia de Macbeth” 

– “Amor, sublime amor” 

Melhor edição 

– “Não olhe para cima” 

– “Duna 

– “King Richard: criando campeãs” 

– “Ataque dos cães” 

– “Tick, tick… boom!” 

Melhor design de produção 

– “Duna” 

– “Ataque dos cães” 

– “O beco do pesadelo” 

– “A tragédia de Macbeth” 

– “Amor, sublime amor”

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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