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De Elizabeth Olsen a Jimmy Fallon, artistas manifestam apoio à greve de roteiristas

Milhares de roteiristas de cinema e televisão entraram em greve na terça (2), lançando Hollywood em turbulência

FolhaPress

03/05/2023 18h31

Foto: Reprodução

São Paulo – SP

Estrelas de Hollywood e da televisão americana manifestaram apoio à greve dos roteiristas, paralisação que começou oficialmente na terça-feira (2).

A atriz Elizabeth Olsen, de “WandaVision”, afirmou ao site Variety ser importante fazer mudanças para garantir melhores condições de vida aos artistas.

“Precisamos reimaginar estruturalmente como pessoas de todos os níveis podem continuar ganhando a vida agora que temos esses serviços de streaming”, afirmou a atriz, que estrela a nova série da HBO Max, “Amor e Morte”.

“Atores que costumavam ganhar dinheiro pela reexibição não podem mais porque são pagos por um único dia. Depois, o conteúdo vai para um serviço de streaming, mas os artistas não veem um centavo.”
Criador da série “Lost”, o roteirista Damon Lindelof diz que a indústria mudou radicalmente, razão pela qual as condições de trabalho também precisam mudar. “Não acho que nossas lideranças nem os membros do sindicato de roteiristas sejam irracionais. Acho que o negócio mudou drasticamente e nosso acordo precisa refletir essa mudança.”

Estrela da “Mamma Mia” e “Meninas Malvadas”, Amanda Seyfried diz que a paralisação é necessária. “Eu não entendo qual é o problema. Tudo mudou com o streaming e todos deveriam ser recompensados por seu trabalho. É muito fácil.”

O apresentador Jimmy Fallon, cujo programa foi paralisado pela greve, também demonstrou apoio aos roteiristas. “Farei todo o possível para apoiar o sindicato de roteiristas. Eu não poderia fazer o programa sem eles. Eu não teria programa se não fosse pelos meus escritores. Eu os apoio o tempo todo.”

Milhares de roteiristas de cinema e televisão entraram em greve na terça (2), lançando Hollywood em turbulência enquanto o setor de entretenimento enfrenta mudanças desencadeadas pelo boom global do streaming.

Apesar disso, os efeitos da paralisação devem ser menores do que os registrados entre 2007 e 2008, quando uma greve interrompeu ao menos dez séries de grande porte e causou uma crise que levou anos para ser devidamente estancada.

Segundo Ted Sarandos, um dos diretores da Netflix, a plataforma tem um material robusto para ser lançado ao longo de todo o ano e produções prontas ao redor do mundo, o que diminuiria o impacto da greve ao menos no streaming.

O cenário é parecido no cinema. Na programação de 2023, a maioria dos estúdios já tem lançamentos previstos para este ano que estão finalizados e outros que já estão em processo de pré-produção com roteiros finalizados.

O Sindicato de Roteiristas dos Estados Unidos -WGA, na sigla em inglês- convocou sua primeira paralisação em 15 anos após não conseguir chegar a um acordo com estúdios como a Disney e a Netflix. A última greve durou cem dias e custou à economia da Califórnia mais de US$ 2 bilhões.

“O comportamento das empresas criou economia de bicos dentro da força de trabalho sindicalizada e sua postura inamovível nesta negociação demonstrou o compromisso de desvalorizar ainda mais a profissão de escritor”, diz o WGA, que representa cerca de 11,5 mil roteiristas.

A Organização de Produtores de Cinema e Televisão, a AMPTP, que representa os estúdios, disse, na noite de segunda (1), que ofereceu “aumentos generosos na compensação” aos roteiristas, mas os dois lados não conseguiram chegar a um acordo.

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