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Criadora de ‘Friends’ vai doar US$ 4 milhões porque série tinha poucos negros

Autora da famosa série de TV oferece dinheiro à catedra de estudos afro-americanos da universidade em que estudou

FolhaPress

12/07/2022 15h06

A diretora Marta Kauffman, que criou com David Crane a famosa série de TV ‘Friends’ – Kevin Winter/AFP

Marta Kauffman, uma das criadoras da série de TV “Friends”, afirmou que quer doar US$ 4 milhões -cerca de R$ 21 milhões- para um projeto de estudos afro-americanos na Universidade Brandeis, nos Estados Unidos. Em entrevista ao jornal Los Angeles Times, disse que a iniciativa é uma contrapartida pela falta de personagens negros na série.

“Aprendi muito nos últimos 20 anos”, disse Kauffman. “Admitir e aceitar a culpa não é fácil. É doloroso se olhar no espelho. Estou envergonhada do que eu não sabia melhor 25 anos atrás”, afirmou a autora em referência às críticas a propósito da pouca diversidade na premiada série que ela criou com David Crane em 1994.

O valor doado será destinado à cátedra Marta F. Kauffman 78 em estudos africanos e afro-americanos da universidade em que a cineasta estudou, uma instituição liberal no estado de Massachusetts que se dedica ao ensino de artes.

Kauffman disse ainda que foi inicialmente “difícil e frustrante” ver Friends criticada por sua falta de personagens diversos em um programa que durou dez temporadas. A série rendeu dezenas de milhões de dólares em distribuição e streaming para seus criadores e elenco de atores como Jennifer Aniston, Courteney Cox, Lisa Kudrow, Matt LeBlanc, Matthew Perry e David Schwimmer.

Retratando um grupo de jovens amigos que vivem no Upper West Side, uma região de Manhattan, em Nova York, “Friends” passou a receber críticas por seus personagens não interagirem com negros.
“Foi depois do que aconteceu com George Floyd que comecei a lutar contra o fato de ter aceitado o racismo institucional de maneiras que nunca havia percebido”, disse Kauffman. “Aquele foi realmente o momento em que comecei a examinar as formas de participação. Eu sabia então que precisava me corrigir.”

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