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Confira os dez candidatos ao Oscar de melhor filme

A lista apresentada aos membros da Academia para votação inclui um faroeste sombrio, um drama japonês e uma obra épica de ficção científica

Redação Jornal de Brasília

24/03/2022 15h37

Foto|Divulgação

Em um ano que viu a reabertura das salas de cinema com sucessos de bilheteria e um maior número de filmes de qualidade lançados nas plataformas de streaming, 10 produções concorrem ao Oscar de melhor filme.

A lista apresentada aos membros da Academia para votação inclui um faroeste sombrio, um drama japonês e uma obra épica de ficção científica. 

Estes são os filmes que concorrem ao prêmio máximo em Hollywood neste domingo.

Amor, Sublime Amor  

A decisão de Steven Spielberg de trabalhar em uma nova versão do musical mais premiado de todos os tempos gerou polêmica. Mesmo depois que “Amor, Sublime Amor” recebeu ótimas críticas, alguns questionaram o esforço. 

Spielberg manteve a atmosfera da Nova York dos anos 1950 em que se passa a trama original, que aborda uma história de amor em um cenário de gangues rivais, mas também abordando questões de representação, incluindo um elenco diversificado e extensos diálogos em espanhol. 

A atuação de Ariana DeBose como Anita ganhou reconhecimento para concorrer à estatueta de atriz coadjuvante e, embora não pareça perto de ganhar o maior prêmio da noite, Spielberg é tão reverenciado em Hollywood que nada pode ser descartado.

“Belfast”

O mais curto e mais pessoal da lista, o semiautobiográfico “Belfast”, de Kenneth Branagh, se estabeleceu como um forte candidato na disputa pelo Oscar. 

O filme mostra a explosão da violência na década de 1960 em sua terra natal, a Irlanda do Norte, de uma perspectiva diferente: a de um menino de nove anos. 

Buddy (Jude Hill) luta para entender os eventos que mudam sua vida em uma rua de um bairro familiar da classe trabalhadora, mas ele tem certeza de uma coisa: não quer abandonar o único lar que conhece.

“Belfast” ganhou vários prêmios nesta temporada, mas pode ter perdido parte de seu impulso inicial.

No Ritmo do Coração

Outro olhar íntimo e familiar, “No Ritmo do Coração” centra-se na adolescente Ruby (Emilia Jones), a única em sua família que não é surda. Os Rossis vivem em uma pequena comunidade de pescadores em Massachusetts, EUA. 

O filme, cujo elenco tem atores surdos e desenvolve boa parte dos diálogos na língua de sinais, é considerado um marco de inclusão. Mas também toca em temas emocionais, como a luta da família para apoiar Ruby, dividida entre sair de casa para seguir o sonho de ser cantora e ajudar os pais a se comunicar com o mundo exterior.

O longa-metragem virou um dos favoritos ao Oscar de melhor filme ao vencer o prêmio de elenco no Sindicato dos Atores, um dos principais termômetros para a premiação da Academia.

Drive My Car

Com duas horas e 59 minutos, o drama japonês “Drive My Car” é o filme indicado mais longo. A produção é uma meditação lenta e sutil sobre o luto e a perda, adaptada de um conto do escritor Haruki Murakami. 

Dois anos depois que o sucesso de “Parasita” da Coreia do Sul provou que as legendas não são mais um obstáculo, “Drive My Car” foi aplaudido pelos cinéfilos e ganhou dezenas de prêmios da crítica. 

Com mais chances de vencer como melhor filme internacional, ganhar a principal estatueta seria a surpresa da noite.

“Duna”

“Duna”, o épico de ficção científica de Denis Villeneuve, arrecadou US$ 400 milhões nas bilheterias, quase o dobro dos US$ 220 milhões arrecadados pelos outros nove indicados juntos.

Uma adaptação da primeira parte do romance de Frank Herbert, que imagina famílias nobres em um planeta atormentado por vermes gigantes, a produção ganhou popularidade entre a crítica especializada e uma sequência foi confirmada. 

Mas seu sucesso na temporada de premiações se limitou a categorias técnicas como efeitos visuais, som e fotografia. Assim, a noite pode terminar sem o Oscar de melhor filme, mas com várias estatuetas.

O Beco do Pesadelo

“O Beco do Pesadelo” é uma fábula circense macabra sobre um manipulador que tenta enganar clientes ricos. 

O filme noir do mexicano Guillermo del Toro, que cativa o público com seu fascinante design de produção, dificilmente repetirá as conquistas de “A Forma da Água”, com o qual ganhou o prêmio máximo de Hollywood.

Ataque dos Cães

Desde a sua pródiga estreia mundial no Festival de Cinema de Veneza em setembro, o western de Jane Campion “Ataque dos Cães” tornou-se um favorito. 

O filme, uma adaptação do romance de Thomas Savage sobre masculinidade tóxica no oeste americano na década de 1920, lidera a disputa do Oscar com mais indicações (12) e venceu quase todas as premiações da temporada de Hollywood.

Reunindo a visão distinta de Campion, um elenco de estrelas liderado por Benedict Cumberbatch, uma trama psicológica sombria e uma fotografia impressionante graças às locações da Nova Zelândia onde foi filmado, o filme preenche várias características tradicionais que a categoria de melhor filme exige 

Mas seu ritmo lento, que afastou alguns membros da Academia, e um sistema de votação que favorece filmes universalmente apreciados, provocam dúvidas sobre sua capacidade de ganhar o prêmio principal da noite.

Licorice Pizza

Situado no subúrbio de Los Angeles dos anos 1970, onde seu diretor, Paul Thomas Anderson, cresceu, “Licorice Pizza” é um filme nostálgico que apresenta um relacionamento improvável entre uma mulher de mais de 20 anos e um adolescente ousado e confiante.

Em “Licorice Pizza”, composta por uma série de momentos que captam o espírito da época, Anderson cativou o público e recebeu ótimas críticas, mas até seus fãs admitem que não é o melhor obra de sua filmografia.

Não Olhe para Cima

A comédia satírica “Não Olhe para Cima” tem mais estrelas em seu elenco do que qualquer outro indicado ao 94º Oscar. 

Leonardo DiCaprio, Meryl Streep, Jennifer Lawrence, Timothée Chalamet e Ariana Grande são algumas das figuras que enfrentam o fim do mundo à medida que um enorme cometa se aproxima da Terra, numa alegoria deliberada à crise climática. 

“Não Olhe para Cima” é um dos filmes mais assistidos da Netflix na história da plataforma, mas seu tom político dividiu o público e a crítica.

King Richard: Criando Campeãs

Combinando a incrível história das irmãs Venus e Serena Williams com o talento do superastro Will Smith, “King Richard: Criando Campeãs” é uma produção inspiradora que se conectou com o público e recebeu críticas fortes. 

Smith interpreta o ambicioso pai de duas futuras potências do tênis neste relato de dinâmica familiar que consegue evitar muitos dos clichês observados em filmes sobre esportes e biográficos. 

Smith é favorito para o prêmio de melhor ator.

Agence France-Presse

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