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Cinema

Documentário lança olhar íntimo sobre a vida do músico nigeriano Fela Kuti

Fela Kuti foi o criador do afrobeat, cruzamento entre os ritmos africanos tradicionais e a música ocidental, e uma figura poderosa do movimento dos direitos negros

Redação Jornal de Brasília

08/05/2023 12h27

Foto: Reprodução

Fela Kuti foi o criador do afrobeat, cruzamento entre os ritmos africanos tradicionais e a música ocidental, e uma figura poderosa do movimento dos direitos negros. O documentário “Meu amigo Fela” apresenta uma nova perspectiva sobre o músico nigeriano, contrapondo a narrativa mais frequente de que ele era um excêntrico ídolo pop africano.

O doc está disponível na plataforma de streaming Curta! e pode ser conferido pela Claro TV+ e em CurtaOn.com.br A exibição é no quadro Segunda da Música, hoje (8/5), às 22h20.

Dirigida por Joel Zito Araújo, a produção, que participou de festivais e estreou nos cinemas, traz à tona a vida e a obra de um dos mais importantes artistas e ativistas africanos. O filme é conduzido pelo amigo íntimo e biógrafo oficial de Fela, Carlos Moore, com um olhar intimista sobre a vida do músico. Entre as pessoas entrevistadas, estão seus filhos, mulheres e os ativistas políticos que foram influenciados por sua mensagem e sua música.

Além de retratar a história de Fela, o documentário apresenta um contexto político e social da Nigéria e do continente africano durante o século XX, em que o pan-africanismo e a luta pela independência e pela igualdade eram temas recorrentes. A produção faz um paralelo entre a vida e obra de Fela e outras lideranças negras do mundo, como Malcolm X e Martin Luther King, mostrando a importância da luta pelos direitos civis e pela libertação dos povos oprimidos.

Ao longo do documentário, é possível ver como a ideologia e a música de Fela cresceram juntas, e como ele se tornou um ícone. Sua militância o colocou em conflito com o governo nigeriano, o que resultou em perseguição política e tortura. No entanto, isso não o impediu de continuar a lutar pelos direitos de seu povo. Suas letras, muitas vezes contestadoras, corroboram sua visão de que a música deveria ser para a revolução e não apenas para entreter.

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