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Cinema

Danton Mello, a voz da animação brasileira ‘Chef Jack’

O ator conversa com a reportagem do Estadão sobre a animação Chef Jack – O Cozinheiro Aventureiro, de Guilherme Fiúza Zenha, que estreou na quinta-feira, 19

Redação Jornal de Brasília

30/01/2023 14h27

Foto: Divulgação

Danton Mello cita a cena do crítico em Ratatouille. O rato que queria ser chef, o tempo perdido reencontrado. Conta que é gourmet, adora comer, mas é ruim de cozinha. “Quando minhas filhas eram pequenas, fazia um macarrão com molho branco e salmão. Alice e Luiza agora vivem nos EUA. Quando nos reencontramos sempre tem o momento saudade e elas pedem que eu faça o macarrão do papai.”

O ator conversa com a reportagem do Estadão sobre a animação Chef Jack – O Cozinheiro Aventureiro, de Guilherme Fiúza Zenha, que estreou na quinta-feira, 19. Danton é ótimo fazendo personagens de homens comuns, ordeiros. Foi preciso uma animação para ele se soltar, revelando seu lado mais aventureiro “Quando me enviaram o roteiro vi logo que seria alguma coisa especial. Já fiz muita dublagem na minha carreira. O mais interessante desse trabalho é que é original. Não estou fazendo a voz brasileira de algum astro de Hollywood.”

Em Minas

Tão logo foi convidado, ele quis conhecer o Immagini Animation Studio, de Minas. “Era 2020, o começo da pandemia, todo mundo no home office. Me mostraram uma espécie de copião, o animatic”, diz ele, “com personagens ainda incompletos. Não tinham boca, por exemplo”. O desenho foi sendo moldado a partir da gravação. “Depois, gravei mais uns 7 minutos com interjeições, Ooooh, aaaah, essas coisas.” Na trama, o chef Jack entra num concurso. Tem de preparar pratos e também superar outros desafios, incluindo a busca, meio Indiana Jones, da noz dourada a ser utilizada na confecção do último prato.

Gastronomia

“O filme conta uma história muito bonita de amizade, e num meio que não é muito frequente nas produções do o cinema brasileiro, o da gastronomia. Na TV tem muitos programas, mas na animação ele tem sabor de novidade. Fui a uma pré-estreia em Belo Horizonte e a acolhida foi sensacional.”

Embora esteja atualmente fora das novelas, Danton está tendo um ano cheio no cinema. Em abril, estreia outro filme adaptado do livro Ninguém É de Ninguém, de Zíbia Gasparetto. Mais um drama espírita, depois de Predestinado, a cinebiografia de Arigó, que operava pelo espírito do Dr. Fritz. “Eu era cético, me considerava ateu, mas o Arigó mexeu muito comigo. É impossível passar por uma experiência daquelas sem ser tocado. Comecei a repensar muita coisa.” Conta que o público terá uma surpresa com seu personagem em Ninguém É de Ninguém. O cara correto que ele costuma interpretar terá outra face. “Roberto é o vilão da história, um tipo abusador, desprezível. Acho que nunca fiz nada mais difícil, cheguei a passar mal no set.”

Mais para o fim do ano, Danton terá novos lançamentos de filmes em finalização, incluindo Apaixonada, em que contracena com a atriz Giovanna Antonelli. E ele brinca, no final da conversa: “Ainda vamos precisar falar muito neste ano.”

Estadão Conteúdo

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