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Cinema

Como é o SXSW, no Texas, que tem filme com Wagner Moura e discute a Amazônia

Todos os anos desde 1987, milhares de pessoas fazem uma peregrinação até Austin, a capital do Texas, para ver shows de bandas que quase ninguém conhece e filmes que podem vir a concorrer ao Oscar

Redação Jornal de Brasília

07/03/2024 10h14

Foto: Divulgação

JOÃO PERASSOLO
AUSTIN, EUA (FOLHAPRESS) –

Todos os anos desde 1987, milhares de pessoas fazem uma peregrinação até Austin, a capital do Texas, para ver shows de bandas que quase ninguém conhece e filmes que podem vir a concorrer ao Oscar. Mas a viagem para o festival South by Southwest não gira em torno somente da cultura pop.

O SXSW, como é conhecido, também atrai os criativos atrás de palestras sobre temas variados da contemporaneidade. Por exemplo, o uso de psicodélicos em cuidados paliativos para pacientes à beira da morte, como a parada de hits da Billboard vem mudando para refletir as novas formas de consumir música no século 21 e o envio de poemas para o espaço em naves da Nasa.

“Seja como a inteligência artificial mudará a maneira como criamos ou como as narrativas podem ampliar ainda mais as vozes que representam nossas comunidades, no SXSW estamos constantemente discutindo como o futuro impactará nosso mundo”, diz Hugh Forrest, o diretor de programação.

Neste ano, o festival ?que na verdade são vários festivais em um, dado o amplo escopo de sua programação? acontece entre esta sexta-feira e o dia 16 deste mês. Há um local principal para as palestras, o Centro de Convenções de Austin, enquanto os shows e filmes são distribuídos em casas noturnas e cinemas da cidade.

A programação de cinema tem duas estreias esperadas ?”Guerra Civil”, filme de Alex Garland com Wagner Moura e Kirsten Dunst sobre jornalistas que cobrem uma guerra civil nos Estados Unidos de um futuro próximo, e “Road House”, a refilmagem de “Matador de Aluguel”, longa de 1989 com Patrick Swayze no elenco.

Na nova versão ?que estreia direto no Amazon Prime Video, em 21 de março?, Jake Gyllenhaal faz o papel de Dalton, um ex-lutador que se torna supervisor de um bar à beira do oceano na Flórida com a função de controlar as brigas no lugar.

O longa, que tem também a portuguesa Daniela Melchior e o lutador Conor McGregor no elenco, estreia em Austin em meio a rumores de que a Amazon teria usado inteligência artificial nas falas de alguns personagens, durante a greve dos atores no passado. A empresa nega.

Na seção de palestras, há tanto nomes carimbados do evento, como a futurista Amy Webb, que todo ano lança no festival um relatório com tendências na área de tecnologia, quanto personagens ligadas a causas progressistas. Por exemplo, a megaestrela de Hollywood Jane Fonda ?que pediu um cessar-fogo em Gaza no Instagram? vai falar num painel sobre ativismo.

A presença de brasileiros no SXSW é significativa. Segundo o próprio festival, este ano há a chance de que a comunidade brasileira seja a maior entre as internacionais em Austin. O país está também representado na programação.

No dia 13, um painel sobre a preservação da Amazônia contará com a diretora de sustentabilidade da Natura, Angela Pinhati, e a coordenadora do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia, Txai Suruí, também colunista da Folha.

Diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro e também colunista da Folha, Ronaldo Lemos participará de um painel sobre o futuro da moderação de conteúdo online, junto com Maxime Prades, diretor de produto da Meta, e outros dois nomes. Já o professor Marcio Correa estará em uma apresentação sobre a diversidade na indústria de videogames.

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