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Celebridades

MP: Ronaldinho não pode deixar o Paraguai por tempo indeterminado

Isto afirmou o promotor Federico Delfino, nesta quinta-feira (05/03), responsável pela investigação contra os dois ex-jogadores por porte de documentos falsos

Redação Jornal de Brasília

05/03/2020 15h21

Ronaldinho Gaúcho e Roberto de Assis Moreira ficarão à disposição da Justiça do Paraguai por tempo indeterminado. Isto afirmou o promotor Federico Delfino, nesta quinta-feira (05/03), responsável pela investigação contra os dois ex-jogadores por porte de documentos falsos. Ele foi elegante ao não dizer que o ex-jogador brasileiro está proibido de deixar o país até que tudo seja esclarecido.

O astro do futebol e o irmão foram detidos nesta quarta-feira (04/03). Os dois passaram durante a noite sob custódia das autoridades paraguaias após operação policial na suíte presidencial do Hotel Resort Yacht y Golf Club, em Lambaré.

Nesta quinta-feira, ambos prestaram depoimento na sede do Ministério Público paraguaio, localizada em Assunção. Em seguida, Ronaldinho foi encaminhado para o Departamento de Crime Organizado do país, onde também terá de dar explicações.

“Foi checada a documentação, que chamou a nossa atenção. Para ter a nacionalidade paraguaia, ser paraguaio naturalizado, tem de estar vivendo há algum tempo no país e ter um trabalho fixo, essas coisas. Ronaldinho é uma pessoa de fama mundial… Estou igual a vocês. Já verificamos que os números de passaporte pertencem a outras pessoas. São passaportes originais, mas com dados apócrifos. Esses passaportes foram tirados em janeiro deste ano”, informou o promotor Federico Delfino.

O quê aconteceu?

O profissional explicou que ambos saíram de São Paulo e desembarcaram no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, onde receberam o passaportes e cédulas de identidade falsas. Portanto, eles não teriam saído do Brasil com os documentos falsos.

Ainda de acordo com Delfino, os documentos foram expedidos e retirados no Paraguai entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano. As numerações corresponderiam a de outras pessoas, que não tiveram as identidades reveladas, assim como não foi informado se estão enquadradas como suspeitas ou vítimas.

Ronaldinho afirmou, em depoimento, segundo o promotor, que identidades e passaportes foram presentes de uma pessoa que o convidou para visitar o Paraguai, sem revelar seu nome. Na noite de quarta, o brasileiro Wilmondes Sousa foi detido no hotel onde estavam os brasileiros.

O terceiro preso é apontado como a pessoa que entregou os documentos a Ronaldinho logo depois do desembarque no aeroporto paraguaio, antes de irem para o controle de migração. Ronaldinho e Assis chegaram nesta quarta-feira e passaram sem problemas por toda a fiscalização. Fontes do Ministério do Interior do Paraguai explicaram à imprensa local que o Departamento de Identificação informou ao de Migrações que os passaportes não estavam registrados no sistema.

Estadão Conteúdo

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