Foi como uma “referência cultural e patrimonial” no Brasil que Gilberto Chateaubriand, um dos maiores mecenas das artes brasileiras, morto nesta quinta (15), foi definido pela curadora e historiadora da arte Vanda Klabin.
Em uma nota em homenagem ao colecionador, que está por trás de boa parte do acervo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, o MAM, Klabin também afirmou que um dos legados deixados por Chateaubriand refere-se à publicização da arte.
“Segundo sua constante afirmação, é importante dar visibilidade às coleções particulares e disponibilizar as obras do acervo, pois Gilberto Chateaubriand Pesquisadora de artes plásticas e ex-diretora de centros culturais, Klabin destacou a importância da coleção de Chateaubriand para os estudos acadêmicos, bem como sua contribuição para a historiografia da arte brasileira. “Estão presentes, no seu universo de descobertas, os momentos de fermentação e de renovação das linguagens artísticas. Suas rotas estéticas, que demonstram múltiplos acordos afetivos e com irradiações para numerosos movimentos artísticos, nortearam muitas outras coleções, através de seu olhar abrangente, plural e diversificado.”
Dono de mais de 8.000 obras e filho de Assis Chateaubriand, um dos mais importantes empresários das comunicações do Brasil, Gilberto nasceu em Paris em 1925 e morreu aos 97 anos em sua fazenda em São Paulo, de causas naturais. Ele deixa um filho único, Carlos Alberto Gouvêa Chateaubriand.