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Celebridades

Ex-funcionários de Kanye West acusam rapper de elogiar Hitler em reuniões

Seis pessoas falaram de forma anônima para a NBC e confirmaram que já ouviram Kanye falar sobre ‘teorias da conspiração sobre o povo judeu ou elogiar Hitler”

FolhaPress

03/11/2022 11h46

Foto: Reprodução

São paulo – SP

Após comentários antissemitas de Kanye West, 45, funcionários que trabalharam com o rapper afirmaram que ele fazia menções a Adolf Hitler e ao nazismo durante reuniões de negócios.

Seis pessoas falaram de forma anônima para a NBC e confirmaram que já ouviram Kanye falar sobre ‘teorias da conspiração sobre o povo judeu ou elogiar Hitler” em um ambiente profissional nos últimos cinco anos.

O artista Ryder Ripps, que trabalhou com o designer de 2014 a 2018, foi o único que deu a entrevista e manteve seu nome, e alegou que sempre tentou relevar os comentários de West, pois não achava que eram “perigosos”.

“Ele me contou um monte de coisa sobre como: ‘Nazistas são bons em propaganda’. Eu não podia ficar ofendido, como se eu estivesse interessado em nazistas ou algo assim.” Embora pareça que Ripps não levou West a sério antes, parece que agora mudou depois que os comentários antissemitas do rapper aumentaram nas mídias sociais e em entrevistas nas últimas semanas. “Isso é perigoso, nojento e realmente violento. Com essas últimas falas dele, é bastante óbvio que isso é algum tipo de obsessão nazista repugnante, cheia de ódio e estranha.”

West negou as alegações feitas.

POLÊMICAS

Nos últimos meses, Kanye protagonizou e coleciona diversas polêmicas. Após usar uma camisa com a estampa “White Lives Matter” (Vidas Brancas Importam) em desfile, fazendo referência ao movimento “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam), West foi criticado pela editora colaboradora da Vogue, Gabriella Karefa-Johnson. Como resposta, o rapper insultou a profissional e foi acusado de misoginia.

Outro que criticou a postura irônica ao movimento antirracista foi o rapper Diddy. Ao rebater o músico, Kanye foi acusado de antissemitismo envolvendo o povo judaico. No Twitter, o ex-marido de Kim Kardashian compartilhou prints de conversas com Diddy. Em uma delas, ele afirmou que o artista era “controlado por judeus” e atacou a população judaica.

“Eu estou um pouco sonolento hoje, mas quando eu acordar, eu vou [death con 3] no povo judaico. O engraçado é que, na verdade, eu não posso ser antissemita porque as pessoas pretas também são judias. Vocês brincaram comigo e tentaram boicotar qualquer um que tenha se oposto à sua agenda”, afirmou.

Quando escreveu “death con 3”, a imprensa internacional declarou que a intenção de Kanye era uma referência ao termo militar “defcon”. A expressão significa um sistema de escala de ameaças do Pentágono dos Estados Unidos, ou seja, seria uma espécie de ameaça contra o povo judaico.

Kanye se pronunciou e se retratou sobre a expressão escrita por ele. “Eu vou dizer que sinto muito pelas pessoas que eu machuquei com a confusão de ‘death con’. Eu sinto que eu causei dor e confusão. E eu sinto muito pelas famílias das pessoas que não tinham nada a ver com o trauma que eu passei, e que eu usei a minha plataforma, em que você diz que pessoas feridas machucam outras pessoas, e eu me machuquei”, argumentou ele.

Após as polêmicas, as suas contas no Twitter e Instagram foram bloqueadas e ele foi banido das redes sociais. Em outra polêmica, divulgada pelo TMZ, o rapper teria dito que “ama Hitler e o nazismo”. Kanye também sugeriu que a escravidão era uma escolha e chamou a vacina da Covid-19 de “marca da besta”.

O rapper também provocou revolta ao dizer que George Floyd não morreu asfixiado. Durante participação no podcast Drink Champs anteontem, Kanye afirmou que a morte foi causada por fentanil (medicamento de uso controlado e normalmente utilizado para a anestesia), encontrado em pequena quantidade no organismo de Floyd, que morreu em 2020, vítima da violência policial dos EUA.

A família de Floyd decidiu por abrir um processo contra o rapper. Os advogados da família do homem morto pela polícia estadunidense o acusam de assédio, apropriação indébita, difamação e inflição de sofrimento emocional. Eles pedem US$ 250 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão na cotação atual) em danos causados.

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