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Celebridades

Após Depp e Heard, Marilyn Manson e Evan Rachel Wood estrelam disputa judicial

A atriz tinha 22 anos quando decidiu terminar o namoro de quatro anos, entre idas e vindas que incluíram um noivado, com o cantor

FolhaPress

03/06/2022 8h14

A atriz tinha 22 anos quando decidiu terminar o namoro de quatro anos, entre idas e vindas que incluíram um noivado, com o cantor

Foto/Reprodução

Nas considerações finais do advogado de Amber Heard, no julgamento em que saiu perdedora, com uma dívida de US$ 8,35 milhões a ser paga para seu ex-marido, Johnny Depp, que a processou por difamação, Benjamin Rottenborn descreveu para o júri o dilema por que passam muitas vítimas de violência doméstica. “Se você não fez fotos, não aconteceu; se fez, elas são falsas. Se não contou para os amigos, está mentindo; se contou, eles fazem parte do conluio.”

A atriz Evan Rachel Wood, de 34 anos, conhece bem esse dilema. Ela tinha 22 anos quando decidiu terminar um namoro de quatro anos, entre idas e vindas que incluíram um breve noivado, com o cantor Marilyn Manson.

Ele deu uma entrevista para a revista Spin depois do rompimento em que confirmou que a música “I Want to Kill You Like They Do in the Movies”, quero te matar com fazem nos filmes, em tradução livre, era sobre as fantasias que tinha “todos os dias de esmagar a cabeça dela com uma marreta”.

Foi só em 2016, seis anos depois do fim do namoro, após ter virado ativista pelo direito das vítimas de violência doméstica, que Rachel Wood declarou publicamente que havia sido abusada sexualmente. Mas não revelou quem era o abusador, por medo de retaliação. Isso só aconteceu em fevereiro do ano passado, quando afirmou que havia sido manipulada, drogada e torturada repetidas vezes por Marilyn Manson, cujo nome verdadeiro é Brian Warner.

Entre uma coisa e outra, Rachel Wood se casou brevemente com o ator inglês Jamie Bell –o vilão da série “Iluminadas”, com Elizabeth Moss e Wagner Moura–, teve um filho, se mudou para um chalé nas montanhas e se descobriu bissexual.

Este ano, lançou um documentário em duas partes, “Renascendo das Cinzas”, que a HBO Max botou no ar há mais de um mês sem nenhuma promoção, porque o título não era uma prioridade do canal.

Em “Renascendo das Cinzas”, ela revê toda a história de sua vida, dos anos que viveu com Marilyn Manson, de como o namoro começou com uma amizade entre dois artistas e se transformou em uma relação doentia, até os dias de hoje, em que ainda não tem coragem de revelar onde mora, mas nos quais luta para “consertar essa sociedade, que instintivamente culpa as mulheres”.

O caso de Rachel Wood e Marilyn Manson é diferente do de Amber Heard e Johnny Depp. Marilyn Manson tem um histórico gigante de abusos. Em uma das cenas do documentário, Rachel Wood reúne outras seis vítimas do cantor, que contam histórias semelhantes à dela, de humilhação, tortura, lavagem cerebral, estupro, alienação dos amigos e da família.

Johnny Depp passou a vida adulta quase inteira namorando mulheres famosas que nunca o acusaram de nenhuma violência. Foi casado durante 14 anos com a atriz e cantora francesa Vanessa Paradis, e todo mundo viu no julgamento o testemunho da top model Kate Moss, que viveu com ele durante quatro anos e negou que ele tenha tido qualquer atitude agressiva com ela.

Mas as partes que coincidem são suficientes para incomodar. Primeiro, os dois homens são amigos há muitos anos. Marilyn Manson é padrinho do filho mais novo de Depp e Paradis, Jack Depp, que já tem 20 anos. Ele estava na primeira lista de possíveis testemunhas chamadas pelos advogados de Amber Heard, que descobriram, no celular de Depp, várias mensagens em que os dois combinavam transações de drogas.

E, em março, assim que o documentário foi lançado nos Estados Unidos, Marilyn Manson entrou com uma ação civil no Tribunal Superior de Los Angeles contra Evan Rachel Wood, alegando que as acusações da ex-namorada são uma grande mentira, e que por causa delas já perdeu contratos com gravadoras e trabalhos na TV e o cinema.

Marilyn Manson, como Johnny Depp, solicitou um julgamento com júri. Ainda não está decidido se o processo vai ser levado adiante.

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